Namoro «pode e deve ser iluminador da vida toda», afirma Comissão Episcopal do Laicado e Família
Lisboa, 13 fev 2021 (Ecclesia) – A Comissão Episcopal Laicado e Família (CELF) desafia os namorados a viver o dia 14 de fevereiro com “criatividade”, em tempo de pandemia, afirmando que o namoro é “iluminador da vida toda”.
“Embora o namoro não seja toda a vida, ele pode e deve ser iluminador da vida toda”, pode ler-se na mensagem da Comissão Episcopal Laicado e Família, enviada à Agência ECCLESIA, para o dia dos namorados.
No documento “Cuidar o Amor em tempos de pandemia”, os bispos da CELF afirmam que o namoro “precisa de “tempo suficiente para desenvolver uma linguagem que, progressivamente, saiba caldear o afeto com o respeito e os gestos de carinho com o necessário conhecimento do mundo do outro”.
“O namoro precisa de tempo para aprender a descodificar palavras e silêncios, presenças e ausências que podem doer, para a escuta ativa e o diálogo construtivo, para a leitura, a formação e a oração. Precisa de tempo para saber pedir desculpa, perdoar e recomeçar sempre… Precisa de tempo para a poesia!”, indicam os responsáveis católicos.
A pandemia e a necessária distância, reconhece a CELF, “aumentam os desafios” mas poderá ser a oportunidade para “reencontrar o equilíbrio e a estabilidade necessária” com o objetivo de “cimentar laços e fortalecer valores antes desconhecidos” ou poderá ser também ocasião de “matar o amor, sempre frágil e a exigir cuidados”.
A mensagem ilustra o testemunho de dois casais, um deles marcado pelo namoro “reduzido a ocasiões esporádicas”, cujo matrimónio foi adiado devido à pandemia..
“Os amigos e familiares foram a voz de Deus que nos ajudou e tranquilizou. Agora, mais preparados, Deus dá-nos o mesmo desafio: organizar o grande dia do nosso casamento no meio da pandemia, o que ainda é mais difícil do que adiar. Temos sentido, naqueles dias em que parece que tudo corre mal, que há, ali, Alguém que nos melhora o dia”, refere o testemunho de um casal.
O distanciamento físico pode ser ocasião para “trocar uma ida ao cinema por um episódio de uma série visto ao mesmo tempo”, escrever cartas, poemas e enviar “fotografia com um sorriso logo pela manhã”, sugere a CELF.
“Tudo o que gostaríamos de fazer juntos, tentar recriá-lo, sobretudo os momentos de maior valor para cada um: assistir à mesma Eucaristia online, estar presente no almoço de família ao domingo por zoom… Acima de tudo, procurar fazer o outro feliz”, pode ler-se no testemunho de outro casal, que procura em tempo de pandemia manter a “partilha, a alegria e as dores de cada dia”.
Liturgicamente, 14 de fevereiro é o dia da festa de São Cirilo e de São Metódio, mas na Itália a Diocese de Terni celebra o seu padroeiro, São Valentim, primeiro bispo desta localidade, que morreu como mártir, provavelmente no século IV.
Este nome está ligado a algumas lendas, as quais Valentim teria morrido decapitado a 14 de fevereiro por se ter recusado a renunciar ao Cristianismo e por, secretamente, ter celebrado o casamento entre uma jovem cristã e um legionário, apesar da proibição de Cláudio II (século III).
LS/OC