Papa inicia consistório extraordinário dedicado a esta temática
Cidade do Vaticano, 20 fev 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco iniciou hoje os trabalhos do consistório extraordinário que reúne cerca de 185 prelados no Vaticano, entre hoje e amanhã, com alertas para as dificuldades que a família enfrente na atualidade.
“Hoje, a família é desprezada, é maltratada, pelo que nos é pedido para reconhecermos como é belo, verdadeiro e bom formar uma família, ser família hoje; reconhecermos como isso é indispensável para a vida do mundo, para o futuro da humanidade”, declarou,
Segundo o Papa, os trabalhos destes dois dias devem colocar em evidência “o plano luminoso de Deus para a família” e delinear uma “pastoral inteligente, corajosa e cheia de amor”.
“Ajudemos os esposos a vivê-lo com alegria ao longo dos seus dias, acompanhando-os no meio de tantas dificuldades”, acrescentou.
Francisco sublinhou que a família é “a célula fundamental da sociedade humana”, convidando os participantes nesta reunião a ter “sempre presente a beleza da família e do matrimónio, a grandeza desta realidade humana, tão simples e ao mesmo tempo tão rica, feita de alegrias e esperanças, de fadigas e sofrimentos, como o é toda a vida”.
“Desde o início, o Criador colocou a sua bênção sobre o homem e a mulher, para que fossem fecundos e se multiplicassem sobre a terra; e assim a família torna presente, no mundo, como que o reflexo de Deus, Uno e Trino”, precisou.
Em ano de assembleia extraordinária do Sínodo dos Bispos, dedicada a este tema, o Papa defendeu a necessidade de “aprofundar a teologia da família e a pastoral que se deve implementar nas condições atuais”.
“Façamo-lo com profundidade e sem cairmos na «casuística», porque decairia, inevitavelmente, o nível do nosso trabalho”, apelou.
Os trabalhos da reunião extraordinária vão continuar com uma intervenção do cardeal Walter Kasper.
O Vaticano anunciou participação de 150 cardeais ou futuros cardeais no consistório extraordinário, uma iniciativa convocada pelo Papa para uma “reflexão sobre a família”.
“Saúdo-vos cordialmente e, convosco, agradeço ao Senhor que nos proporciona estes dias de encontro e trabalho em comum. Damos as boas-vindas de forma particular aos irmãos que vão ser criados cardeais, no Sábado, e acompanhamo-los com a oração e a estima fraterna”, disse Francisco.
A reunião conta com a presença dos três cardeais portugueses, D. José Policarpo, D. José Saraiva Martins e D. Manuel Monteiro de Castro.
OC