Família é o futuro da Europa

Final do encontro dos episcopados católicos do Velho Continente A Família foi o tema por excelência do encontro que congregou em Fátima, de 4 a 7 de Outubro, os presidentes das conferências episcopais de todo o continente europeu, reunidos na Assembleia-geral do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE). Em entrevista à Sala de Imprensa do Santuário de Fátima, D. Jorge Ortiga, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), falou sobre esta Assembleia-geral. “Nós próprios acreditamos que a Família tem futuro e, por outro lado, que o futuro da Europa é a Família. Renovámos o nosso empenho concreto em dar o nosso contributo, numa liberdade muito grande, propondo a Família, neste modelo que é o da Igreja, um modelo dialogante, mas persistente e fiel aos nossos objectivos”, afirmou. “O tema da Família que aqui foi abordado pode considerar-se único, não no sentido do tomarmos decisões comuns, mas de apresentarmos as nossas preocupações. Foi analisada a Família na sua situação jurídica, em cada país, (…), e consequentemente também foram analisadas as situações concretas e, depois, a resposta pastoral que cada Igreja está a dar, em cada país. Verificámos que a situação não é totalmente igual em todos os países, mas é muito idêntica, os problemas são praticamente os mesmos, as políticas familiares divergem, mas em aspectos, digamos, secundários”, referiu o Arcebispo de Braga. “Verificámos que o fenómeno da globaliza&cceil;ão conduz para este desvalorizar da família, com o surgimento de outras formas, outros modelos alternativos, com todos os problemas que daí advém, com as consequências dos divórcios, da homossexualidade, e outros, mais ou menos iguais nos vários países da Europa”, disse ainda o Presidente da CEP. A Assembleia Plenária do CCEE acontece, de maneira rotativa, todos os anos, em diversos países. Em 2008 a Assembleia-Geral do CCEE decorrerá em Budapeste, a partir de 30 de Setembro. “Em 2006, foi escolhida Fátima para acolher a Assembleia Plenária de 2007. Estávamos na Rússia, e escolhemos Fátima pela coincidência da celebração dos 90 anos das aparições”, recordou D. Jorge Ortiga, que resumiu ainda os âmbitos do trabalho desenvolvido pelo CCEE: “Este Conselho é um órgão que procura estimular a colegialidade entre as conferências episcopais. É uma colegialidade, como habitualmente se diz, afectiva, no sentido em que intensifica o relacionamento de umas conferências com as outras, de uns bispos com os outros, e depois, em segundo lugar, também é efectiva, isto é, procura também alguns resultados a partir de trabalhos concretos. Penso que há uma frase que sntetiza o que e ser CCEE – O mínimo de estruturas e o máximo de resultados. O CCEE está organizado em comissões, em várias temáticas, que trabalham todo o ano, com reuniões concretas. A Assembleia-geral pretende pôr em comum aquilo que foi realizado a nível do CCEE e particularmente no âmbito destas comissões: a respeito da catequese, da escola, das vocações, da pastoral com os presos, do relacionamento com outros conselhos de conferências do mundo, e outras ”. Na cerimónia eucarística com que se concluiu o encontro, o Cardeal Peter Erdö disse que “vivemos tempos fortes, com luzes ainda mais brilhantes do que as trevas mais obscuras, mas procurando com paixão o rosto do nosso Senhor. Não podemos ser tímidos ou pessimistas, mas cheios de fé e confiança”. Durante a homilia pronunciada na Capelinha das Aparições, o presidente do CCEE considerou que “nestes dias vivemos momentos intensos de comunhão”. Redacção/Sala de Imprensa do Santuário de Fátima

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