CNAF contesta corte nos subsídios de maternidade que entram em vigor dia 1 de julho
Lisboa, 30 jun 2012 (Ecclesia) – A Confederação Nacional das Associações de Família (CNAF) considerou hoje que os portugueses não “suportam mais austeridade” mostrando-se contra o corte nos subsídios de maternidade, que entra este domingo em vigor.
“As famílias portuguesas não suportam mais austeridade” indica a Confederação num comunicado enviado à Agência ECCLESIA onde indica haver uma “nítida falta de sintonia e concórdia entre a sociedade civil e o Estado”.
As novas regras das prestações sociais que entram amanhã em vigor, preveem um corte até 14 por cento nos subsídios de maternidade, impondo que o cálculo das prestações deixe de incluir os subsídios de Natal e de férias, como acontecia até então.
“Mesmo num cenário de suspensão de subsídios de Natal e férias, há que dizer com frontalidade que não pode haver qualquer suspensão da família”, refere a Confederação num comunicado enviado à Agência ECCLESIA.
A insustentabilidade do sistema de segurança social “é agravado com mais este duro golpe” na política social de natalidade e de rejuvenescimento, sendo este “um dos problemas mais graves do nosso país”, sustenta a Confederação, que prevê ainda consequências para os casos de gravidez de risco, adoções e apoios a filhos com deficiência.
A CNAF manifesta-se “ao lado das famílias, em especial das crianças”, pois sublinham que num país em que não se pensa nas crianças, não se constrói um futuro coletivo.
LS