Família: Celebrar o namoro para lá da pressão comercial

Joana e Tiago Ricciardi, casados desde setembro de 2022, têm uma data própria para evocar início da relação

Lisboa, 14 fev 2023 (Ecclesia) –Joana e Tiago Ricciardi, casados desde setembro de 2022, consideram que a celebração do namoro é importante em todos os dias do ano, apesar da especial atenção que lhe é dedicada, em Portugal, no dia 14 de fevereiro.

“Para nós não é o 14 de fevereiro, mas o dia 6 de cada mês, quando começamos a namorar”, explicam à Agência ECCLESIA

O casal admite a pressão comercial em torno do Dia dos Namorados, afirmando que “o importante” é que a relação seja celebrada diariamente.

A Joana e o Tiago conheceram-se em 2019 e começaram a namorar nesse mesmo ano.

“A relação sempre foi pautada pelo tentar conhecer um ao outro e conhecer a complementaridade que é muito importante numa relação”, sublinha Joana Pais Ricciardi.

O casamento sempre esteve “em cima da mesa”, tal como o desejo de “formar uma família”, acrescenta a entrevistada.

A decisão aconteceu a 25 de agosto de 2021 e começou a preparação o Matrimónio: “Casamos a 10 de setembro de 2022, mas queremos ser eternos namorados”.

Para além da celebração do dia 6 de cada mês, Joana Ricciardi refere que o casal tenta ter “um momento a dois”, uma vez por semana.

“Um momento semanal só para nós” porque “a correria dos dias e a logística do trabalho e das rotinas” pode esvaziar “um pouco o relacionamento a dois”, acrescenta, numa entrevista emitida hoje no Programa ECCLESIA (RTP2).

Os dois desligam os telemóveis e conversam sobre as preocupações, “a nível pessoal e a nível de trabalho”.

Estes momentos a sós são “uma estratégia” para combater alguma erosão no casamento diário e “manter o amor vivo”, sublinhou Tiago Ricciardi.

“Um lembrete de todas as semanas para não deixar que arrefeça o amor”, precisa.

A Comissão Episcopal do Laicado e Família (CELF) divulgou uma mensagem por ocasião do Dia dos Namorados, que se assinala hoje, evocando as dificuldades que se colocam a quem quer fazer “escolhas definitivas”.

“Os jovens namorados encontraram hoje alguns desafios e provas no seu percurso: a cultura enraizada do provisório e do imediato, a pandemia que nos isolou e fragilizou relações, a guerra na Europa que deixa um rasto de destruição, o custo de vida a aumentar, os trabalhos precários ou desemprego”, refere o organismo da Igreja Católica, num documento enviado à Agência ECCLESIA.

Liturgicamente, 14 de fevereiro é o dia da festa de São Cirilo e de São Metódio, mas a Diocese de Terni, na Itália, celebra o seu padroeiro, São Valentim – primeiro bispo desta localidade, que morreu como mártir, provavelmente no século IV.

Este nome está ligado a algumas lendas, segundo as quais Valentim teria morrido decapitado por se ter recusado a renunciar ao Cristianismo e por, secretamente, ter celebrado o casamento entre uma jovem cristã e um legionário, apesar da proibição de Cláudio II (século III).

Para a mensagem deste ano, a CELF escolheu como tema ‘Tempo De Namoro: Um caminho conjunto de descoberta da beleza do Amor’.

HM/LFS/OC

São Valentim: Igreja escreve aos namorados, evocando desafios da precariedade laboral e inflação

 

 

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Agência ECCLESIA

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