Família: Bispo do Porto destaca polo «insubstituível» de «sociabilidade»

D. Manuel Clemente abençoou casais com 10 ou mais anos de matrimónio considerando-os «verdadeiros campeões da vida»

Lisboa, 04 jun 2012 (Ecclesia) – O bispo do Porto realçou este domingo que defender a família significa salvaguardar um polo “insubstituível” de “sociabilidade” e convidou os casais cristãos a fazerem da sua experiência de vida um “testemunho permanente”.

Segundo D. Manuel Clemente, os laços que se perpetuam em família, entre pais e filhos, netos e avós, recordam que todas as pessoas são “interdependentes” umas das outras e ao mesmo tempo ensinam à sociedade a importância de “viver solidariamente”.

“Quando não se garante este primeiríssimo patamar da sociabilidade, em si mesmo insubstituível, os seguintes logo se ressentem negativamente”, apontou.

Por outro lado, “o ideal dum matrimónio uno, indissolúvel e fecundo, corresponde bem à alma humana, que se realiza em entregas totais, definitivas e criativas”.

Tal como a “melhor” parte de “cada pessoa só se revela” com o “tempo” e devidamente “acompanhada por outros”, o “mesmo acontece de modo mais radical e verdadeiro num projeto matrimonial que se prepara, acontece e mantém, tempo fora”, salientou o prelado.

A mensagem do bispo do Porto, transmitida aos fiéis durante uma celebração eucarística no Pavilhão Rosa Mota, marcou o encerramento de uma jornada de três dias dedicada à “Família e Juventude”, na Cidade Invicta.

O último dia do certame teve como ponto alto a comemoração do “jubileu matrimonial” de diversos casais, com 10 ou mais anos de matrimónio.

D. Manuel Clemente referiu-se aos cônjuges jubilados como “verdadeiros campeões da vida”, “rosto expressivo das possibilidades e do valor do sacramento do matrimónio”, e convidou-os a darem “testemunho permanente” da sua experiência, no meio da sociedade.

“Testemunhai que não é verdade que o matrimónio esteja ultrapassado, porque realmente ele é o futuro, garantindo a vida; de que é possível e faz sempre bem persistir e perdoar, seguir em frente em unidade mais amadurecida”, incentivou o também vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.

O bispo do Porto deixou depois algumas ideias para assegurar o futuro de um sacramento que é “proposto” e não “imposto” pela Igreja Católica, assente em “convicções comprovadas”.

Para o prelado, “é fundamental que em cada comunidade a preparação para o matrimónio seja feita a longo prazo, a partir duma catequese que forme para a vida partilhada, com Deus e com os outros, o sentido do serviço e a felicidade do bem querer e do bem fazer”.

A prioridade seguinte passa por manter “viva” a “chama cristã”, no meio de todas as solicitações do dia a dia, e aqui ganham particular importância os “encontro e movimentos de casais e famílias”, concluiu.

JCP

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Agência ECCLESIA

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