D. Jorge Ortiga participou em jornada pastoral que decorreu em Vila Nova de Famalicão
Braga, 10 fev 2014 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga exortou este sábado os cristãos a contrariarem a crise da família com “testemunhos de fidelidade e felicidade”.
“Os casais cristãos devem reconhecer que lhes compete um papel missionário de sair para ir ao encontro das famílias, mergulhando nas suas feridas ou dramas”, referiu D. Jorge Ortiga, durante as Jornadas de Pastoral Familiar que decorreram em Vila Nova de Famalicão.
Numa iniciativa com cerca de 300 participantes, dedicada ao tema ‘Nas periferias da família’, o prelado salientou que defrontar a ameaça que recai sobre “a célula base da sociedade” requer “formação”.
Ao longo da sua mensagem, publicada pelo site da Arquidiocese de Braga, D. Jorge Ortiga destacou “a importância dos grupos familiares que rezam, refletem e se comprometem juntos”, quando o “mais fácil” seria deixarem-se “contaminar” pela atual conjuntura social.
Um dos principais desafios da família, sublinhou o arcebispo, está relacionado com a fragilidade dos “vínculos” afetivos e é denunciado pelo Papa na exortação apostólica ‘Evangelii Gaudium’ (A alegria do Evangelho).
No n.º 66 do documento, Francisco refere que atualmente “o matrimónio tende a ser visto como mera forma de gratificação afetiva, que se pode constituir de qualquer maneira e modificar-se de acordo com a sensibilidade de cada um”.
Para D. Jorge Ortiga, “a Igreja nunca poderá fugir ou renunciar a esta expressão genuína duma antropologia autêntica com valores perenes e nunca desprovidos de atualidade”.
O responsável mostrou-se convicto de que a Igreja Católica, com “prudência e audácia”, saberá contribuir para a construção de uma “sociedade nova, através de famílias novas que não temem a pressão doutras formas de convivências”.
JCP