Falta uma base de dados fiável sobre as armas em Portugal

Mais de 5700 armas ilegais foram recolhidas durante a campanha organizada nos últimos quatro meses do ano passado pelo Ministério da Administração Interna que contou com a participação da Comissão Nacional Justiça e Paz. Apesar deste resultado ser considerado positivo, mantém-se a preocupação em relação a todo o armamento que ficou por legalizar. Desconhecem-se quantas armas ilegais há no país, mas de acordo com Fernando Roque de Oliveira, do Observatório de Armas da Comissão Nacional Justiça e Paz, já foram mencionados números “números astronómicos”. Na altura da discussão desta campanha na Assembleia da República, foi mencionado o número de “700 mil armas legais. Um número absolutamente fora do alcance efectivo das pessoas”, considera Fernando Roque de Oliveira. Este responsável avança, também, com as razões que levam as pessoas a possuir armas, elegendo a insegurança sentida pela generalidade das pessoas, “as pessoas pensam que a segurança que o Estado lhes dá não é suficiente”. O observador distingue dois tipos de crime: “o crime organizado” e “os crimes a que assistimos frequentemente nas bombas de gasolina, como o que aconteceu em Benavente”. Crimes em que são usados, segundo Fernando Roque de Oliveira, “armas adaptadas ou mesmo armas de guerra”.

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