João Paulo II condenou hoje a falta de liberdade religiosa na Ásia, considerando que os cristãos “não são livres de proclamar a sua fé”. “É necessário que todos os crentes em Cristo (…) proclamem o Reino de Deus com uma testemunho silencioso da vida, especialmente onde sofrem e não são livres de professar a sua fé”, disse o Papa aos membros do secretariado geral do Sínodo dos Bispos da assembleia especial para a Ásia. O Papa encorajou os cristãos no continente a “uma espera paciente pelo dia em que haverá uma plena liberdade religiosa”, sem nomear directamente nenhum país. As violações à liberdade religiosa são notícia habitual na China, Índia, Coreia do Norte, Vietname e no Iraque do pós-guerra. A situação no continente asiático é ainda marcada pela propagação do fundamentalismo islâmico, que criou tensões em países onde havia uma convivência mais ou menos pacífica, como o Bangladesh, ou agravou tensões e discriminações, como nas Filipinas e na Indonésia. João Paulo II quis deixar claro que “a Igreja pretende contribuir para a causa da paz na Ásia, onde vários conflitos e o terrorismo provocam a perda de muitas vidas humanas”, fazendo uma referência especial à Terra Santa. “Nos últimos anos, os focos de guerra alargaram-se e é urgente, portanto, constuir a paz, uma empresa difícil que precisa do contributo de todos os homens de boa vontade”, vincou.
