175 milhões de pessoas em todo o mundo fazem parte da rede social “Facebook”, tornando-se assim um verdadeiro fenómeno planetário. Para o Pe. Antonio Spadaro, jesuíta redactor da prestigiada revista “La Civiltà Cattolica”, este é um novo desafio para a Igreja Católica. A posição do especialista em novas tecnologias é apresentada no site oficial do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, do Vaticano (www.pccs.va). A Igreja, refere-se, também está presente nesta rede social, com destaque para a grande presença de sacerdotes. “A relação entre a Igreja e o Facebook não pode ser apenas do tipo instrumental, porque isso diria respeito apenas à superfície. Pelo contrário, deve ser sublinhado que o Facebook plasma uma mentalidade, cria cultura e a Igreja deve confrontar-se com este novo tipo de mentalidade”, indica o jesuíta. O Pe. Sapadaro diz que o Facebook pode ajudar as pessoas a manter-se em contacto, destacando a funcionalidade que “permite pesquisar pessoas que fizeram parte do passado e com as quais se perdeu o contacto”. Na outra face da medalha estão riscos como o de fazer uma “colecção de amigos, isto é, um uso instrumental da relação”. Recuperar contactos ao fim de anos ou décadas, refere o especialista jesuíta, “é uma dimensão que deve ser gerida com grande sabedoria”.