Papa autorizou apresentação do documento na Cova da Iria
Fátima, Santarém, 30 nov 2013 (Ecclesia) – O Santuário de Fátima inaugurou hoje a exposição “Segredo e Revelação – exposição temporária evocativa da aparição de julho de 1917”, com o manuscrito original sobre a terceira parte do segredo de Fátima.
“É uma exposição sobre a terceira aparição de Nossa Senhora em Fátima considerada a mais importante pelo seu conteúdo e pelo seu alcance universal, quer para o mundo quer para a Igreja”, revela D. António Marto.
Para o bispo de Leiria-Fátima, a mostra inaugurada hoje usa uma linguagem simbólica para “fazer compreender um aspeto importante que é como o amor de Deus se volta sobre a humanidade que corria o risco de cair no abismo”.
A exposição “envolve os visitantes e é capaz de transmitir a mensagem numa linguagem cativante e que suscita a curiosidade de todos”, clarifica.
A exposição “Segredo e Revelação – exposição temporária evocativa da aparição de julho de 1917”, está patente no Convivium de Santo Agostinho, na zona da Reconciliação da Basílica da Santíssima Trindade.
O reitor do Santuário de Fátima destacou à Agência ECCLESIA que a exposição serve, todos os anos, “para ajudar a mostrar, a divulgar e a aprofundar o sentido da mensagem de Fátima através da linguagem da arte”.
“São exposições habitualmente de grande qualidade e muito cuidadas que podem ter a característica de atrair pessoas que não são tão próximas desta realidade do Santuário”, desenvolveu o padre Carlos Cabecinhas.
Para Marco Daniel Duarte, diretor do Museu do Santuário de Fátima, a exposição tenta ser apresentada de uma forma pedagógica, “reunindo num primeiro número os alicerces e o frenesim da expectativa em relação ao segredo”, ocorridos logo em 1917.
Por exemplo na primeira parte “contrabalançam” a visão do inferno com a imagem do céu, para que os peregrinos “não fiquem presos nessa visão tenebrosa” e perceberem que há outro caminho “que não é o da ausência de Deus”.
Na terceira parte do segredo os visitantes descobrem uma “Igreja mártir” que é conduzida por “um bispo vestido de branco” e que está relacionada com “todos os Papas” do século XX mas “particularmente com o Papa João II”, explica.
Para o comissário da exposição, o manuscrito original da terceira parte do Segredo de Fátima, escrito pela irmã Lúcia, vidente de Fátima, “é um privilégio mas também uma responsabilidade”.
O pedido para que pudessem ter o manuscrito na exposição foi feito por D. António Marto e autorizado pelo Papa Francisco a 10 de junho de 2013.
Segundo Marco Daniel Duarte o documento, que se encontra custodiado na Congregação para a Doutrina da Fé, saiu duas vezes do arquivo, “a pedido do Papa João Paulo II, na sequência do atentado, a 13 de maio de 1981, e no ano 2000 quando o prefeito da Congregação, como emissário do Papa, veio a Coimbra fazer o reconhecimento do manuscrito com a irmã Lúcia”.
HM/CB