“Compostela e a Europa – A história de Diego Gelmírez” é o título da exposição com que a Comunidade Autónoma da Galiza, Espanha, destaca a construção da catedral destinada a acolher os peregrinos.
A mostra, que decorre em Paris, sublinha o papel desempenhado na edificação da sé pelo arcebispo de Compostela, cujas viagens transformaram a igreja num espaço de criação com influência notável na Europa, elevando-a ao mesmo nível de Jerusalém e Roma.
As obras expostas são provenientes de museus espanhóis, franceses, italianos e portugueses, testemunhando a presença e o intercâmbio artístico promovidos pelo arcebispo nesses territórios.
Um dos núcleos da mostra é dedicado à estadia de D. Gelmírez na região que anos mais tarde viria a conquistar a independência e dar origem a Portugal.
De acordo com o texto de apoio à exposição, a viagem do prelado, em 1102, teve um carácter acentuadamente político, ligando-se ao roubo das relíquias mais prestigiadas da Sé de Braga – os corpos de São Frutuoso, São Cucufate, São Silvestre e Santa Susana.
Com o desvio das relíquias para Santiago – conhecido como “Pio Latrocínio” – procurou-se atrair o fluxo de fiéis à Galiza e, ao mesmo tempo, bloquear as peregrinações a Braga.
O cálice e a patena de São Geraldo, arcebispo bracarense que recebeu D. Gelmírez, são duas das peças da exposição, que pode ser vista até 16 de Maio.
Mais informações e imagens nesta página do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.
Com SNPC