Peregrinos já pensam na edição do Rio de Janeiro, marcada para 2013
Madrid, 21 ago 2011 (Ecclesia) – A participação recorde de Portugal numa Jornada Mundial da Juventude (JMJ), com mais de 12 mil pessoas em Madrid, saldou-se para muitos dos peregrinos por uma experiência única que não temem em qualificar como “espetacular”.
Élia, alentejana de Moura, fala num momento de “encontro”, que considera importante, e leva um sorriso rasgado para casa, acompanhado de um convite: “Vamos todos ao Brasil”.
“Ganhei a noção de que a Igreja não somos só nós, portugueses e europeus, mas há muitos jovens que rezam e que amam a Deus”, indica à reportagem da ECCLESIA.
Bento XVI anunciou hoje que a próxima edição das JMJ vai decorrer na cidade brasileira do Rio de Janeiro, em 2013.
Luís, da Vidigueira, encontrou em Madrid “amizade, espiritualidade” e promete “fazer tudo para ir ao Brasil”.
“O facto de o Santo Padre estar connosco, de nos falar em português, toca-nos profundamente”, indica ainda.
António Pedro, de São Pedro Sul, considera muito “importante” e “gratificante” ter participado na JMJ, onde descobriu a “sensação única de ver um povo realmente reunido”.
“É algo excecional”, aponta.
Sara, de Braga, considera a JMJ um tempo “fenomenal”, que “muda muita coisa”.
“Nem a chuvinha parou isto”, graceja, lembrando a tempestade que se abateu sobre o aeródromo de Cuatro Vientos, nos arredores de Madrid, este sábado à noite.
Os peregrinos portugueses deixam algumas queixas sobre as condições que lhes foram reservadas neste campo e sobre a confusão, derivante da presença de cerca de um milhão e meio de participantes.
Cátia, também de Braga, recorda com emoção a “cerimónia da vigília”, de sábado, afirmando que a chuva e o vento não “assustam” um escuteiro.
A sua primeira JMJ, adianta, “superou” as expectativas.
Para Fátima, esta foi “uma experiência de vida”, pela proximidade “com outras nacionalidades e mesmo com o Papa”.
“Surpreendeu-me a dimensão de tudo, é tudo gigante, e surpeendeu-me ver tantos jovens juntos por uma causa”, precisa.
Paulo, da Póvoa de Varzim, destaca a “diversidade de culturas” que tornou a JMJ “muito diferente, espetacular”.
“Mostra que estamos unidos, que os jovens ligam ao cristianismo”, prossegue.
Fátima, de Balasar, no mesmo concelho, também se mostra “surpreendida” por uma “boa experiência”, apesar do cansaço, e já pensa em viajar até ao Brasil, para a JMJ 2013, “se for possível”.
Alice, por seu lado, diz que desta JMJ fica “a oportunidade de poder falar com outras pessoas, de nacionalidades diferentes”.
“Não tinha esta ideia de tantas pessoas se unirem, ter tanta gente com os mesmos princípios”, observa.
Para José António, um voluntário missionário ligado aos combonianos, esta foi uma experiência “totalmente espetacular”.
Tânia, de Faro, diz por seu lado que em Madrid “Portugal é um só”, superando todas as diferenças regionais.
“Aqui somos chamados a algo mais”, assinala, em referência à sua fé cristã.
A 26.ª JMJ decorreu entre terça-feira e domingo na capital espanhola sob o lema “Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé”, com a presença, desde quinta-feira, de Bento XVI no maior evento juvenil da Igreja Católica.
PTE/OC