Expectativas altas para o Sínodo

Declarações dos dois delegados portugueses e do Cardeal Odilo Scherer, presidente delegado da assembleia sinodal São altas as expectativas do Cardeal D. Odilo Scherer, um dos três presidentes delegados para a XII Assembleia do Sínodo dos Bispos, que se inicia este Domingo no Vaticano, sobre o tema “A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja”. Em declarações à Agência ECCLESIA, o Arcebispo de São Paulo mostra-se “feliz com a possibilidade de participar” nesta reunião magna dos episcopados mundiais, que considera “uma oportunidade muito interessante para aprender e para conhecer experiências boas sobre o serviço da Igreja à Palavra de Deus em todo o mundo”. Quanto à missão de “presidente delegado”, admite que a mesma representa uma responsabilidade especial na condução dos trabalhos desta Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, mas lembra que será partilhada “com outros dois presidentes delegados”, a saber, o Arcebispo de Sidney, na Austrália, Cardeal George Pell, e o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal William Joseph Levada (EUA). O Cardeal Scherer defende que é preciso “divulgar mais a Palavra de Deus, quer pela difusão mais abundante da Bíblia, a promoção da sua leitura e estudo, quer também pela difusão de métodos populares de leitura e reflexão bíblica, como a leitura orante da Bíblia e os círculos bíblicos”. Este responsável recorda ainda que “muitas divisões no seio da Igreja tiveram a sua origem por causa da compreensão insuficiente ou inadequada da Escritura, ou mesmo da afirmação unilateral e subjectiva de certas verdades”. Portugal Na Exortação Apostólica que Bento XVI irá publicar na sequência do Sínodo dos Bispos de 2008, D. Anacleto Oliveira, bispo auxiliar de Lisboa e um dos delegados da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) para este encontro, espera que sejam lançadas “pistas e propostas para a Igreja as colocar em prática”. Para além de D. Anacleto Oliveira, Portugal está também representado por D. António Bessa Taipa, bispo auxiliar do Porto, o qual reconheceu que “o Povo de Deus ainda não está mentalizado para a importância desta Palavra, mas há uma aproximação grande”. No entanto, D. Anacleto de Oliveira esclarece que “já se fez muito”. E acrescenta: “Se repararmos o que é a Igreja de hoje e a Igreja antes do Concílio deram-se passos gigantes”. O Sínodo dos Bispos é uma ocasião para “nos encontrarmos com responsáveis e representantes de outras Igrejas e bispos de outras conferências episcopais”, disse o bispo auxiliar de Lisboa. Uma forma de aprofundar “um pouco o que tem sido parte da minha vida, dedicado parte dela ao estuda da Palavra de Deus, à Sagrada Escritura”. Na relação com esta «pedra angular» na vida do cristão é fundamental “captar o Povo de Deus para um gosto novo para a Sagrada Escritura”, apela D. António Bessa Taipa. No entanto há que “corrigir alguns desvios que existem sempre”, avisa D. Anacleto de Oliveira. A vitalidade desta Palavra interroga cada tempo. Como a sociedade contemporânea “fala muito e faz pouco, vamos tentar que se fale menos por palavras orais ou escritas e se fale mais por actos”, exorta o bispo auxiliar de Lisboa. Os depoimentos completos destes participantes no Sínodo podem ser encontrados na edição especial que a Agência ECCLESIA publica neste mês de Outubro, dedicada a três temas centrais: Missão ad gentes; Ano Paulino e Sínodo dos Bispos sobre “A Palavra de Deus”.

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