Exortação Pós Sinodal não constitui retrocesso

Mensagem de Páscoa de D. António de Sousa Braga A Exortação Apostólica Pós-Sinodal, Sacramentum Caritatis, é abordada pelo Bispo de Angra na sua mensagem de Páscoa. D. António de Sousa Braga lamenta que as notícias tenham incidido no latim, no gregoriano, no celibato dos padres e na comunhão dos divorciados recasados, “quando afinal de contas, o Papa limitou-se a apresentar as propostas dos Padres Sinodais”, esclarece. Acerca das grandes concelebrações em encontros internacionais, “referiu a óbvia conveniência de as partes fixas da Missa serem em latim (não as leituras, a homilia e a oração dos fiéis)”, sendo isso já uma prática corrente. “Como é igualmente prática corrente, também entre nós, recorrer, de vez em quando, à melodia gregoriana”, relembra D. António de Sousa Braga. “O documento papal não constitui um retrocesso em relação à reforma litúrgica, actuada a partir do Concílio Vaticano II”, aponta “como chegou a ser insinuado nalguns meios de comunicação social e lembra as palavras de Bento XVI na Exortação que “as dificuldades encontradas «não podem ofuscar a excelência e a validade da referida renovação litúrgica, que contém riquezas ainda não plenamente exploradas»”. O Bispo de Angra destaca que a intervenção do Papa vai “no sentido de dar qualidade às celebrações eucarísticas, sem descurar a «inculturação da fé», porque a Eucaristia “não é simplesmente rito, desligado da vida, mas semente e projecto de transformação do mundo”. E sublinha que participar da Eucaristia e «viver segundo o Domingo» é «comemorar», isto é, «fazer memória», e, portanto, tornar presente e actuante a vitória pascal de Cristo”, celebrando assim a “Páscoa de Cristo em cada Domingo”. Acerca do celibato e da comunhão, “o Papa confirma as orientações actuais da Igreja, conforme sugerido pelo Sínodo dos Bispos”, afirma D. António de Sousa Braga. Com isto “não se pode dizer que não haja problemas pastorais em aberto”, mas a solução “irá amadurecer no seio da Igreja, sem rupturas, nem cedências à moda do momento, mas na fidelidade ao Espírito, que é guia” e acrescenta “nem sob as correntes de opinião, nem os meios de comunicação social”. Porque, finaliza o Bispo de Angra, a Igreja não detém as soluções técnicas dos problemas da convivência humana, mas quer estar “ao serviço da humanidade, assumindo as suas causas, segundo o projecto de Deus,apontando a meta e alimentando a esperança da vitória pascal da vida e da história, que compromete os cristãos no «testemunho público da própria fé»”. Notícias relacionadas A Vitória da Vida

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