Exortação apostólica deve ser lida na sua totalidade

Recomenda teólogo italiano para «não se absolutizar quatro ou cinco linhas do texto» O teólogo italiano e especialista em eclesiologia, D. Bruno Forte, afirmou a propósito da Exortação Apostólica Pós-sinodal de Bento XVI, que “muitos falam desta Exortação simplesmente sem a ter lido. Isto faz com que absolutizem quatro ou cinco linhas do texto” e recomendou “uma leitura mais ampla, mais serena deste documento” para “conhecer os pontos fortes do mesmo que são belos e positivos”. O também Arcebispo de Chieti-Vasco explicou que como primeiro elemento da «Sacramentum Caritatis», distingue “uma profunda percepção da relação entre Eucaristia, caridade e amor. A Eucaristia é uma história de amor, é uma presença do amor de Deus entre os homens, da sua proximidade, da sua compaixão pelo sofrimento humano. Acredito que esto é uma extraordinária mensagem, uma boa notícia, que vai ao encontro da grande necessidade de solidariedade e comunhão”. “Uma segunda dimensão é a profunda reclamação do aspecto contemplativo da vida: a adoração. Vivemos numa época de pressa, aonde tudo é ‘fast’, ‘fast food’. Faz falta reencontrar o espaço de adoração, de silêncio contemplativo e escuta, de deixar-se humildemente iluminar pelo Outro”, prosseguiu. D. Forte destaca que esta é também uma forma “de responder à profunda vocação contemplativa, pois temos uma enorme necessidade de nos reencontrar a nós próprios e viver os valores eternos”. Ao comentar a “coerência eucarística” de que fala o Papa na exortação apostólica, o perito em eclesiologia disse que “se trata da correspondência entre a fé vivida e a fé celebrada. Por outras palavras, quem vive a Eucaristia deveria levar para a vida o dom deste encontro do amor com o Deus que se fez próximo, que se fez pão para nutrir a existência”. “E esta coerência eucarística, esta fidelidade ao Deus próximo, é traduzida em todos os aspectos da vida pessoal e também no testemunho na vida pública. De modo particular, o documento refere-se à necessidade de testemunhar os «valores não negociáveis» que estão enumerados: a defesa da vida da concepção até a morte natural, a família fundamentada sobre o matrimónio, a liberdade de educar os filhos, a promoção do bem comum”, assegurou o Arcebispo. Com ACI Digital

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Agência ECCLESIA

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