A propósito dos Exercícios Espirituais que o Papa e a Cúria Romana realizam durante este tempo de Quaresma, o serviço de informação do Vaticano (VIS) recordou que foi o Papa Pio XI quem em 1929, com a publicação da Encíclica “Mens nostra: Sobre os Exercícios Espirituais”, informava aos fiéis a sua decisão de estabelecer a celebração anual deste tempo de meditação e renovação interior para o Papa e os membros mais representativos da Cúria Romana. A 6 de Janeiro de 1929, solenidade da Epifania do Senhor, Pio XI estabeleceu um Jubileu para celebrar o iminente quinquagésimo aniversário de sua ordenação e pediu aos fiéis que “participassem da alegria do seu Pai comum, e unidos com ele dessem graças ao Supremo Doador de todo bem”. Em dezembro do mesmo ano, na encíclica “Mens nostra” recordava os “tantos e tão assinalados frutos” desse Jubileu e escrevia que para expressar gratidão “julgamos oportuno fazer algo, aconselhando uma prática excelente, da qual esperamos que o povo cristão tirará muitíssimo e extraordinário proveito. Referimo-nos à prática dos Exercícios espirituais, que desejamos ardentemente se promova e difunda mais e mais a cada dia”. Pio XI descrevia com profusão a história dos “Sacros Retiros” e citava as palavras dos seus predecessores, doutores da Igreja e fundadores de ordens religiosas como Dom Bosco e, sobre tudo Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, “ao que cumpre chamar especial e principal Mestre dos Exercícios espirituais”. Em Julho de 1922, Pio XI declarou e constituiu Santo Inácio de Loyola “celestial Patrono de todos os Exercícios espirituais e, por conseguinte, de todos os institutos, associações e congregações de qualquer classe que ajudam e atendem aos que praticam Exercícios espirituais”. Desde o passado Domingo estão a decorrer os Exercícios Espirituais da Quaresma do Papa e da Cúria Romana, que este ano estão consagrados ao tema “A Igreja ao serviço da nova e eterna Aliança”.