Projeto da Pastoral Universitária da arquidiocese já comemorou um ano de atividades
Évora, 29 nov 2018 (Ecclesia) – A Pastoral Universitária da Arquidiocese de Évora dinamiza o ‘Casarão’, com o objetivo de ajudar os estudantes na sua vida de fé e ser espaço de estudo e convívio, no centro histórico da cidade.
“Serve todos os estudantes universitários. Alguns vêm simplesmente para estudar, para tirar uma dúvida, há pessoas não batizadas que vêm a esta casa, passam aqui, vêm assistir um concerto. Tem este grande objetivo de ajudar na sua vida de fé, na sua vida espiritual, na sua vida humana porque é uma fase da vida em que surgem muitas questões”, desenvolve o padre Jesuíta Fernando Ribeiro.
O ‘Casarão’ foi inaugurado a 11 outubro de 2017 e o diretor da Pastoral Universitária de Évora ainda sente “esta casa como um bebé” que viu nascer e “agora está a começar a dar os primeiros passos”, depois de um primeiro ano a “dar a conhecer”, de “aproximar dos universitários, de criar relação”.
Duarte Manuel descobriu o ‘Casarão’ no primeiro semestre do Curso de Gestão e foi “um bocado por experiência”, para ver o que é que “ofereciam, o que podia acrescentar”.
Em declarações à Agência ECCLESIA, o jovem de 20 anos afirma que a casa “acrescenta muito” e “é tão boa muito por causa desta dimensão católica que tem” e, para além, é um espaço calmo para estudar, onde o estudante tem “tudo o que possa precisar para as maratonas tão frequentes”.
“É um espaço que durante a semana onde temos aulas, temos testes, temos que estudar dá muita tranquilidade, muita paz, convivemos com outros colegas, não estamos sozinhos em casa a estudar, o que é muito bom”, sublinhou a estudante de Medicina Veterinária natural de Elvas.
Teresa Coelho assume a sua fé na universidade porque “não há que ter vergonha” e realça que o que “é importante com o Casarão” é que as pessoas se sintam integradas “e não tenham medo de dizer aquilo em que acreditam”.
“É importante ter um sítio onde sintam que Deus está presente, está aqui. Conseguimos estudar, conseguimo-nos divertir mas também ter Deus presente em todas essas partes da nossa vida”, realçou.
O ‘Casarão’ tem ao dispor salas de estudo e biblioteca, salas para reuniões de grupos, sala para conferências, uma cozinha, uma capela e um pátio, bem como o gabinete do diretor disponível para todas as conversas.
“Tenho o telefone disponível mas mais do que telefone estou eu disponível; Acontecem muitas conversas interessantes que ajudam até a preparar outras conversas mais sérias”, acrescenta o sacerdote Jesuíta.
O programa de atividades anual não é fechado, há conferências, testemunhos, cursos, grupos de encontro, reflexão e oração, concertos, iniciativas no exterior, e para o padre Fernando Ribeiro “é muito curioso, bastante interessante” que as coisas que mais aderem são “as Eucaristias e momentos de oração”.
O diretor do espaço conta com a colaboração de universitários na organização do ‘Casarão’ e no acolhimento de outros estudantes que são os ‘caseiros’.
“O nome caseiro diz isso mesmo que foram convidados para tomarem conta da casa, sentirem a casa como deles. Sentindo-se bem trazem outros e envolvem colegas em atividades para além que me ajudam em atividades concretas, a organizar, a arrumar, coisas muito praticas também”, desenvolveu.
Duarte Manuel e Teresa Coelho começaram por frequentar a casa da pastoral universitária eborense como qualquer outro estudante e foram convidados para serem caseiros.
“Não é um trabalho e já que vínhamos para cá acabamos por ter mais um bocadinho de responsabilidade, para sentir esta casa como nossa”, referiu Duarte, pretendendo que seja “tão bom” como se sentiu na “primeira vez”.
“Como passava aqui muito tempo o padre Fernando, a seguir a uma Missa, convidou-me e achei que devia aceitar. Era um grupo com quem viva diariamente, pessoas com quem gostava muito de passar o tempo a estudar, o tempo de lazer, com quem gostava de rezar também”, acrescentou, por sua vez, a estudante de Medicina Veterinária.
O arcebispo de Évora presidiu à Eucaristia de abertura do novo ano da Pastoral Universitária e disse que o ‘Casarão’ é “um lugar para se partilhar, para se estar, para se viver uns com os outros” a dimensão cristã e ao mesmo tempo para celebrar a fé.
“Foi muito bom perceber que vindos de diversas partes de Portugal, os universitários se juntam e se procuram a partir de uma dimensão de ideal de fé. Vi-os com muitos projetos, muitos sonhos, muita liberdade, numa relação de sintonia muito interessante com a cidade e também com o sacerdote que os acompanha”, desenvolveu D. Francisco Senra Coelho à Agência ECCLESIA.
O ‘Casarão’ abre portas de segunda a quinta-feira, das 15h30 às 23h00, na Rua do Raimundo, a cerca de 100 metros da Praça do Giraldo, no centro histórico da cidade património da humanidade da UNESCO.
CB/OC