Évora: São Paulo como modelo e como guia

Entrevista de D. José Sanches Alves lança a celebração do Dia da Igreja Diocesana, que decorre este Sábado Este Sábado, 4 de Outubro, Montemor-o-Novo recebe o Dia da Igreja Diocesana de Évora, que marca o arranque do novo ano pastoral. A jornada decorrerá no Parque de Feiras e Exposições daquela cidade. A Assembleia Diocesana terá o seguinte programa: 9h30, acolhimento e ambientação; 10h, Laudes; 10h30, Ao Encontro de Cristo com S. Paulo, pelo Pe. José Morais Palos; 11h15, intervalo; 11h45, momento cultural; 12h, linhas de força do Plano Pastoral, por D. José Alves; 12h45, saudação a Maria, Mãe da Esperança. No contexto da reunião magna da Arquidiocese, o semanário “a defesa”” entrevistou D. José Francisco Sanches Alves, Arcebispo de Évora. Vamos celebrar o Dia da Igreja Diocesana. Que significado tem este dia para a igreja particular de Évora? Esta celebração já entrou nos hábitos dos cristãos mais comprometidos. Todos estão à espera deste dia para iniciar o ano pastoral. É nele que se apresenta o programa pastoral do ano e se dão as orientações para dinamizar a pastoral diocesana. Além do mais, é também um dia de encontro fraterno, de convívio jubiloso, de partilha de experiências e de comunhão eclesial. O arranque do Ano Pastoral já começou. Quais os maiores projectos para esta igreja, este ano? O maior projecto deste ano é sintonizar a nossa Igreja Diocesana com a Igreja Universal, em correspondência ao apelo do Santo Padre, fazendo do Ano Paulino um ano de crescimento na fé e de dinamismo apostólico. Uma comunidade só está verdadeiramente evangelizada se ela própria se torna evangelizadora. A grande aposta este ano é “Caminhar com S. Paulo ao encontro de Cristo”. Como se atingem estes objectivos? Basicamente, pretendemos duas coisas: primeira, conhecer melhor a vida e os ensinamentos de S. Paulo; segunda, tomar S. Paulo como modelo e como guia, no modo de viver e de actuar, individual e comunitariamente. A Catequese de adultos é prioridade para a consciência de Igreja. O que vai fazer a Arquidiocese para intensificar este projecto? A Arquidiocese de Évora tem sido pioneira na promoção sistemática da catequese de adultos e, este ano, queremos dar continuidade a esse projecto. Continuaremos a apostar na formação dos leigos que têm possibilidade de assumir responsabilidades apostólicas nas paróquias, em movimentos ou na orientação de grupos; tentaremos implementar a formação de novos grupos de catequese de adultos a que também se dá o nome de assembleias familiares; editaremos alguns subsídios de apoio e divulgaremos os que já existem. O Arcebispo de Évora, com uma Diocese tão extensa, com a redução do Clero, como dá resposta a todas as Paróquias? À redução de clero também corresponde a redução e envelhecimento da população nas paróquias rurais. Significa isso que não precisamos tantos sacerdotes como há cinquenta anos. Apesar disso, os sacerdotes continuam a ser poucos para as necessidades do momento presente. A curto prazo, a solução parece-me que passa por uma redefinição das funções dos presbíteros, dos diáconos e dos leigos, no que diz respeito à actividade pastoral nas paróquias, sem esquecer a promoção vocacional. Numa linha de comunhão eclesial, o que vai pedir aos presbíteros e diáconos? E aos cristãos? De forma global diria que, na acção pastoral, cada um deve privilegiar aquilo que lhe é específico, deixando para os outros o que lhes pertence e eles podem fazer. Os ministros ordenados dêem prioridade às funções que exigem o poder de Ordem e convidem os leigos a colaborar nas actividades que derivam da responsabilidade baptismal. Aos presbíteros peço que se empenhem na formação dos leigos e que lhes criem espaço de acção. Aos leigos peço que se disponibilizem e se ofereçam para colaborar, nalgum dos múltiplos campos de acção pastoral. Como chegar àqueles que estão afastados da Igreja mais por desconhecimento do que por livre opção? Seguir o exemplo de Jesus Cristo: acolhê-los com bondade e com simpatia será, certamente, uma boa forma de os cativar e de lhes despertar a atenção para a mensagem evangélica. Porém, só isso não basta. Não podemos limitar-nos a esperar quem aparece. Como o próprio Jesus e como S. Paulo, temos que ir ao encontro das pessoas para lhes anunciar a boa nova do Evangelho. As barreiras do isolamento, da solidão e do individualismo são invisíveis mas são muitos fortes e prejudiciais. Quem está cercado por elas não é capaz de as ultrapassar e espera por alguém que o liberte. Seremos nós capazes de iniciar essa aventura? Quer deixar alguma mensagem? O Ano Paulino começou a 28 de Junho e terminará no dia 29 de Junho do próximo ano. Existem já muitas publicações escritas e audiovisuais sobre S. Paulo. Muitas outras aparecerão. Será bom utiliza-las. Mas ninguém deixe de ler ou reler o livro dos Actos dos Apóstolos e as Cartas que S. Paulo escreveu. Lendo esses escritos, toma-se contacto com a personalidade de S. Paulo, percebe-se o poder que tem a convicção da sua fé e sente-se o vibrar do seu ardor apostólico. Tenha a coragem de experimentar!

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