Évora: Peregrinação das Famílias levou milhares ao Santuário de Nossa Senhora da Conceição

D. José Alves desafiou casais a saberem «apreciar os dons do matrimónio»

Évora, 30 mai 2016 (Ecclesia) – A Arquidiocese de Évora promoveu este domingo a peregrinação das famílias ao Santuário de Nossa Senhora da Conceição em Vila Viçosa, que contou com a participação de mais de duas mil pessoas.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, o arcebispo de Évora destacou um dia que “significa muito” para a Igreja Católica local e para as próprias famílias que estão “a viver um momento muito difícil”.

“Por isso nós como cristãos quisemos vir aqui ao santuário da padroeira de Portugal implorar a sua proteção para as famílias da nossa arquidiocese”, salientou D. José Alves.

A peregrinação foi retomada em 2015 depois de muitos anos de interregno, revitalizando-se assim também uma tradição antiga na região, própria do mês de maio.

Este ano, está integrada no Ano da Misericórdia que a Igreja Católica está a assinalar até novembro próximo.

Na missa da peregrinação, D. José Alves incentivou todas as famílias a “fortalecerem os laços do amor” e a “cultivarem as obras de misericórdia, a partir do próprio ambiente familiar”.

Desafiou ainda os casais a saberem “apreciar os dons do matrimónio”, mesmo no meio do “mar imenso de problemas que afetam a família”, económicos, morais e espirituais.

“Infelizmente, o egoísmo, o comodismo, a intolerância e até a irresponsabilidade também povoam os ambientes familiares”, lembrou o arcebispo.

O Santuário de Nossa Senhora da Conceição, além de ser um dos locais de cultos mais emblemáticos da região alentejana e mesmo do país, é também a única “porta santa” da Arquidiocese de Évora, no contexto do Ano Santo da Misericórdia.

Segundo o reitor do santuário, este ano está a ser “de uma riqueza extrema”.

“Os grupos surgem, inscrevem-se, telefonam, marcam, celebram, juntam-se às vezes à comunidade paroquial, porque o santuário também é paróquia, trazem o seu bispo, os seus párocos. Sei que as pessoas abalam muito felizes”, frisou o padre Francisco Couto.

Para várias pessoas, foi a primeira vez que tiveram oportunidade de participar na peregrinação e atravessar a referida “porta santa”.

“Eu ainda não passei a porta santa, já olhei para ela, já estive ali mas ainda não passei, porque acho que tem de ser um momento de interiorização”, confidenciou Dora Celestino, que veio da freguesia de São Miguel de Machete.

Orvalinda Ferreira, catequista, viajou de Samora Correia com o seu marido e os dois filhos.

“Esta peregrinação é importante que as famílias percebam que não vivem a sua fé apenas no meio paroquial” e para que as crianças “cresçam com os valores que a Igreja propõe”, apontou.

Já Sónia e Maria José Fonseca, duas irmãs provenientes da freguesia da Glória, do concelho de Estremoz, chegaram ao Santuário de Nossa Senhora da Conceição com “os pais no pensamento, porque eles não puderam vir”.

O programa da peregrinação incluiu um almoço partilhado no Seminário de São José, em Vila Viçosa, e atividades lúdicas e musicais na Escola Secundária Hortênsia de Castro.

JCP  

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Agência ECCLESIA

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