Papa Francisco nomeou D. Francisco Senra Coelho para arquidiocese alentejana
Lisboa, 26 jun 2018 (Ecclesia) – D. Francisco Senra Coelho, nomeado hoje como arcebispo de Évora pelo Papa Francisco, disse à Agência ECCLESIA que deseja continuar a apostar na “pegada laical” e indica a “atenção a cada pessoa” como estratégia para uma “caridade ativa” na região.
Para o novo arcebispo de Évora, é necessário orientar “todos os dias” o trabalho da Igreja “na linha da consciencialização laical”, numa arquidiocese onde ganha relevo a “dimensão missionária” desenvolvida por sacerdotes de outras regiões do país e de congregações religiosas.
“É essa pegada que temos de continuar a marcar naquela Igreja”, sublinhou D. Francisco Senra Coelho, acrescentando que deseja dar continuidade ao “trabalho magnífico” que “a arquidiocese tem sabido fazer com os seus sacerdotes, com o Instituto de Estudos Teológicos e com os últimos arcebispos”.
O novo arcebispo de Évora referiu também que “é muito necessário a humanização e uma Igreja muito presente na proximidade, porque a solidão é uma das marcas que acontece em terra alentejana”.
“Temos de ter uma atenção muito grande ao acompanhamento de cada pessoa, nomeadamente os idosos, à problemática da solidão, à interioridade que faz com os montes alentejanos estejam perdidos na charneca da planície e é necessário uma Igreja muito atenta ao testemunho de uma caridade, ativa, com capacidade e criatividade para a situações novas”, acrescentou.
D. Francisco Senra Coelho, natural de Barcelos, fez a formação para o sacerdócio na Arquidiocese de Évora, no Seminário Maior e no Instituto de Superior de Estudos Teológicos, onde foi presbítero durante 28 anos, até ser nomeado bispo auxiliar de Braga, em 2014.
Para o novo arcebispo de Évora, o trabalho em Braga mostrou uma “diocese criativa, empreendedora, pascal, com um espirito festivo, com um povo participativo, com um calendário popular de uma religiosidade muito fértil”.
“Foi uma largar horizontes a uma outra Igreja que conheço também, uma vez que as minhas raízes familiares são minhotas, e o constatar um conjunto de experiências que podem ser muito úteis para o meu ministério episcopal”, acrescentou.
D. Francisco Senra Coelho disse também à Agência ECCLESIA que, em relação ao trabalho que o espera em Évora, ultrapassa “a apreensão com em paz”.
“Ponho a minha mão na mão de Deus e vou. Não sei como será o caminho, mas acredito que, com a sua mão, vai ser bom”, sustentou.
Enquanto sacerdote, D. Francisco Senra Coelho liderou o início de uma nova paróquia na cidade, onde foi necessário “edificar uma comunidade” e construir tudo “passo-a-passo”.
“Tudo isto me deu uma relação de muita proximidade e uma vivência grande com a população, com a Igreja local e compreendi as potencialidades do povo alentejano e ribatejano”, sublinhou D. Francisco Senra Coelho.
“Há uma esperança latente naquela Igreja e, por aquilo que me foi dado experimentar, me desafia a dar a vida com eles, a irmos juntos, a fazermos a estrada e o percurso sem receio, porque o Senhor vai connosco”, concluiu o novo arcebispo de Évora.
PR