Évora: Nova plataforma permite divulgação do património, após inventariar 60 mil peças

Projeto iniciado em 2001 uniu Arquidiocese e Fundação Eugénio de Almeida

Évora, 17 dez 2020 (Ecclesia) – A Arquidiocese de Évora e a Fundação Eugénio de Almeida apresentaram hoje, em conferência online, o site do Inventário Artístico da Igreja Católica local e do aplicativo Inwebparoquias.

O trabalho de inventariação, iniciado em 2001, compreendeu o “levantamento exaustivo” de “objetos de grande valor histórico-artístico e religioso”, tais como “pinturas, esculturas, alfaias litúrgicas, paramentos, instrumentos musicais, ourivesaria, património integrado, documentos de arquivo e livros antigos nos 24 concelhos” que integram o território da Arquidiocese de Évora.

Maria do Céu Ramos, da Fundação Eugénio de Almeida, elogiou o projeto “de grande envergadura, de grande alcance e grande ambição” que inventariou cerca de 60 mil objetos na maior diocese do país, em termos territoriais, em mais de 150 paróquias.

Já o padre Mário Tavares de Oliveira, do Departamento Arquidiocesano da Pastoral da Cultura e Bens Culturais, falou num “passo fundamental” para a valorização deste património, desejando que este trabalho não fique escondido e o inventário seja um instrumento “ágil” que abra “horizontes”.

“Tornar acessível aos párocos e aos agentes mais próximos todo este património é uma mais-valia imensa”, realçou o responsável.

Sandra Saldanha, diretora do secretariado Nacional Bens Culturais da Igreja, destacou a “relevância muito assinalável” de um projeto com quase duas décadas, falando num caso “exemplar” no contexto nacional, que permitiu ainda criar um corpo de técnicos “muito qualificados”.

A responsável assinalou que o inventário é um ferramenta “fundamental” para a divulgação e a conservação do património.

Artur Goulart, coordenador técnico-científico do Inventário Artístico da Arquidiocese de Évora, falou num trabalho “aliciante, duro”, que é sempre “incompleto”, pela necessidade constante de revisão.

O especialista congratulou-se com as novas ferramentas digitais, desejando a “dinamização geral do inventário”, porque este não é um “arquivo que fique morto” e pode ser “essencial para a pastoral e para a evangelização”.

Fernando Cabral, da Sistemas do Futuro, apresentou o novo site do projeto, que disponibiliza um programa de formação específico para utilização da aplicação, destinado aos responsáveis pela gestão deste património, coordenado pela Fundação Eugénio de Almeida.

OC

Património: Fundação Eugénio de Almeida e Arquidiocese de Évora criam «aplicação para inventário artístico»

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Agência ECCLESIA

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