José Alves pede aos sacerdotes que não cedam «aos ímpetos do individualismo»
Évora, 26 mar 2016 (Ecclesia) – O arcebispo de Évora afirmou na homilia da Missa Crismal que a “separação geográfica” e o “acumular de tarefas pastorais não deve levar a “ceder aos ímpetos do individualismo”.
“Nenhum de nós pode atuar por conta própria. Agimos em nome e na pessoa de Jesus Cristo, enquanto membros dum corpo”, referei D. José Alves na Quinta-feira Santa.
“Duas condições essenciais do nosso ministério: união com Deus e comunhão com a Igreja e, nomeadamente, com os membros do presbitério”, sublinhou.
D. José Alves lembrou que diante da “separação geográfica” e do “acumular de tarefas pastorais”, pode ser “mais fácil ceder aos ímpetos do individualismo do que corresponder às exigências da comunhão presbiteral, invocando a falta de tempo como justificação suficiente”.
Para o arcebispo de Évora, o tempo sempre falta para o que “não atrai”.
"Se a comunhão presbiteral for considerada como um elemento fundamental do nosso ministério, tentaremos encontrar o tempo necessário para a fortalecer, mesmo que seja à custa de reavaliar com espírito crítico e sincero as estruturas pastorais, herdadas dos nossos antecessores ou criadas por nós.
“Sabemos que a evangelização e as estruturas sacramentais merecem estar na primeira linha das nossas preocupações. Daí para a frente, encontraremos muitas formas de criar espaço para fortalecer a comunhão com Deus e com os nossos irmãos de ministério”, concluiu D. José Alves.
O arcebispo de Évora pediu aos sacerdotes para não inspirarem a atividade pastoral não nos “senhores deste mundo”, mas em Jesus que se “entregou silenciosamente nas mãos do Pai”.
“O papa Francisco não se cansa de proclamar que é preciso sair da zona de conforto, da rotina do quotidiano e até mesmo da área geográfica em que moramos para ir ao encontro dos que habitam nas periferias geográficas, sociais e culturais”, recordou D. José Alves.
PR