Évora: Misericórdia é o melhor «presente» de Natal, diz arcebispo

D. José Alves convida a superar visão meramente social ou comercial da festa

Évora, 16 dez 2015 (Ecclesia) – O arcebispo de Évora defende na sua mensagem para este Natal que o melhor “presente” que os católicos podem oferecer é a “misericórdia”, aludindo ao Jubileu que se está a celebrar, por decisão do Papa.

“A misericórdia oferecida ao nosso semelhante será, com certeza, a melhor forma de anunciar o amor de Deus revelado em Jesus Cristo, nascido de Virgem Maria, na gruta de Belém. Façamos da misericórdia o nosso presente de Natal”, apela D. José Alves.

O responsável propõe que os fiéis saibam cumprir gestos como “silenciar um grito de revolta, baixar a voz de protesto, estender a mão ao necessitado, oferecer tempo, compaixão e perdão”.

A mensagem assinala que, entre as festas religiosas, o Natal é “talvez aquela que tem maior visibilidade a nível social”, por causa da sua importância nas famílias e da “grande promoção comercial”.

“Nem uma nem outra dessas vertentes têm diretamente a ver com o sentido mais autêntico da liturgia natalícia. A festa do Natal evoca, antes de mais, o amor misericordioso de Deus para com a humanidade”, observa.

D. José Alves realça que o nascimento de Jesus Cristo é a “plenitude” dessa revelação da “misericórdia divina com rosto humano”.

“Jesus nasceu pobre, fugiu à perseguição do poderoso Herodes, viveu como emigrante, ouviu o grito dos que sofriam, acolheu os pecadores, conviveu com os fariseus, foi ao encontro das situações de pobreza e de pecado, nunca voltou a cara a ninguém”, prossegue.

A “maior manifestação da misericórdia de Deus”, escreve o arcebispo de Évora, concretizou-se “pelas palavras, pelos gestos e por toda a vida de Jesus”.

Ao celebrar o Natal, no ano da misericórdia, os cristãos devem por sua vez “dar rosto à misericórdia, pelas palavras, pelos gestos e pela vida”, em particular nas “periferias geográficas e existenciais.

“Há muitas outras situações, perto de nós, que esperam por um gesto de misericórdia”, conclui.

OC

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Agência ECCLESIA

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