Évora: Jornadas sobre Antropologia e Ética Paulinas

Nos pretéritos dias 6 e 7 de Fevereiro, a Cáritas Diocesana de Évora organizou umas Jornadas dedicadas ao tema: “Antropologia e Ética Paulinas”, que decorreram em Évora. Com cerca de duas centenas de inscrições que lotaram em praticamente todos os painéis o auditório Fórum Eugénio de Almeida, as Jornadas tiveram um balanço muito positivo por parte da organização. Em declarações à comunicação social, Maria do Anjo Marques, presidente da Cáritas diocesana de Évora, disse que “pretendemos com estas jornadas associarmo-nos ao Ano Paulino de forma interessante e oportuna”, adiantando que “S. Paulo é aquele mestre imprescindível no aprofundamento do que é ser cristão e do nosso agir agápico, que deve estar fundado na caridade, termo que importa sempre reabilitar e aprofundar”. “Os oradores foram todos excelentes, tendo sempre por base a figura de Paulo, fazendo uma leitura destes problemas que tocam no nosso quotidiano, assentando as nossas acções nos valores humanos e cristãos, para que possamos transformar a crise em oportunidade”, apontou. Por seu turno, o assistente da Cáritas diocesana, cón. Silvestre Marques que abordou o tema “Antropologia e Ética a partir de S. Paulo”, explicou aos jornalistas que “procurámos fazer uma reflexão sobre São Paulo, na tentativa de aplicar nas grandes problemáticas do mundo de hoje (ambiente, vida e morte e economia), a doutrina Paulina quer do ponto de vista teologia, antropológico e ético”. “Acreditamos que é possível uma experiência nova de vida, proposta por S. Paulo com o homem novo, que vive no mundo, mas vive de maneira nova e diferente, a partir de Cristo. Olha para a realidade de maneira nova, transforma-a e torna-a mais bela”, apontou, esclarecendo que “a ética são boas práticas, é um modo de viver bem e feliz, em que o meu modo e dos outros podem viver em comum. Preocupo-me com o bem-estar dos outros e na reciprocidade o outro preocupar-se-á comigo e com os outros”. “A ética é um compromisso e os primeiros responsáveis têm que ser cada um de nós perante os outros. Em suma, trata-se de fundar uma nova ética diferente das científicas, que assenta numa boa prática, num estilo de vida, que se preocupa em respeitar os outros”, sublinhou, adiantando que “a maneira como trato os outros é a forma como serei tratado. Esta é a ética que nasce do pensamento paulino que nos vai ajudar a construir uma sociedade melhor e um mundo mais fraterno”, concluiu. Diversas abordagens à Ética à luz de S. Paulo Todos os intervenientes procuraram abordarem as diversas abordagens à ética, tendo por base a figura de S. Paulo. No primeiro painel, o Cón. José Morais Palos, com uma comunicação intitulada “Fui conquistado por Jesus Cristo”, abordou os aspectos da antropologia paulina. No segundo painel, Maria José Varandas falou sobre “Ética ambiental” e Miguel Oliveira Panão abordou as “boas práticas” naquela matéria. No terceiro painel, Luís Sebastião falou sobre a “Ética da Vida e da Morte” e a enfermeira Lucinda Marques desenvolveu as “boas práticas” associadas, apontando os cuidado paliativos como “uma boa prática, que deve ser mais incrementada na saúde em Portugal”. No dia 7, João César das Neves apresentou uma comunicação sobre a “Ética na Economia”, demonstrando como S. Paulo teve muitas expressões económicas e era alguém muito prático. Por seu turno Doménico Casella falou das “boas práticas” associadas, dando a conhecer o projecto do movimento dos Focolares, “Economia da Comunhão”. Após a sessão de encerramento, foi celebrada Eucaristia na Sé de Évora, presidida pelo assistente diocesano da Cáritas, Cón. Silvestre Marques.

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Agência ECCLESIA

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