Novo arcebispo toma hoje posse da arquidiocese onde estudou e se ordenou padre
Évora, 02 set 2018 (Ecclesia) – D. Francisco Senra Coelhou afirmou hoje chegar como arcebispo à arquidiocese de Évora, para descobrir caminhos para uma “sociedade melhor” e convidou “homens e mulheres de boa vontade” para “parceiros de estrada”.
“Venho descobrir com este povo o que é sempre belo, juntamente com todos os que quiserem construir uma sociedade melhor. Que ninguém fique de fora neste vasto Alentejo. Homens e mulheres de boa vontade, com proposta de humanização, seremos parceiros de estrada”, afirmou o novo arcebispo de Évora em declarações à Agência ECCLESIA, minutos antes da sua entrada solene na arquidiocese.
D. Francisco Senra Coelho assumiu uma “preparação interior” para um “sim ao Papa Francisco” num compromisso que quer fazer com o povo alentejano.
“Quero que a minha vida seja doada a esta Igreja; que o anel que trago no dedo seja a minha aliança com a Igreja que se concretiza nesta diocese, comunidade e povo, nesta gente alentejana”.
Como prioridades o prelado afirma dar continuidade ao “dinamismo missionário” que Évora tinha acolhido a partir do desafio lançado pelo Papa Francisco e pela Conferência Episcopal Portuguesa.
“Eu entro nesta viagem que já está em marcha e quero colocar todo o meu empenho como bispo da Igreja e de Évora, para que na alegria do Evangelho sejamos Igreja em saída”.
O arcebispo aponta ainda como essencial para “este caminho” a proximidade e a capacidade para “saber ouvir e escutar o povo”.
“Não podemos olhar para uma evangelização apenas no âmbito comunitário ou institucional mas numa proposta que vem da amizade geradora de partilha”, afirmou.
Sem esquecer os jovens, D. Senra Coelho afirma a sua aposta numa Igreja “familiar, transparente e coerente”.
Na celebração que hoje acontece na Sé de Évora, D. Senra Coelho vai receber o pálio das mãos do núncio apostólico D. Rino Passigato.
“Que me faça pensar em todos os meus irmãos com uma grande dimensão de humanização. Gostaria de envolver todos os pobres, sem voz e expressão, ovelhas descartadas”, indicou.
D. Senra Coelho deixou palavras de alegria perante a decisão de D. José Alves, arcebispo emérito, permanecer na arquidiocese.
“Foi ele o meu primeiro professor no Instituto Superior de Teologia de Évora, deu-me a primeira aula em 1980. Foi meu reitor, apresentou-me à ordenação de diácono e sacerdote, e ordenou bispo. A sua presença é reconfortante. É a presença de um homem com experiência e sabedoria”.
O prelado manifestou ainda a sua proximidade a D. Maurílio Gouveia, arcebispo emérito de Évora, atualmente no Funchal, que enfrenta uma situação de “sofrimento”.
CB/LS
