Instituição identificou «problemáticas dominantes» no relatório de monitorização
Évora, 18 jul 2017 (Ecclesia) – A Cáritas Arquidiocesana de Évora concedeu mais de 29 mil euros em apoios financeiros a 284 casos, registados em três projetos, no relatório de monitorização da sua ação na Pastoral Social no primeiro semestre de 2017.
No documento enviado à Agência ECCLESIA, a Cáritas Arquidiocesana de Évora informa que “tem assegurado respostas” a todos quantos diariamente a procuram prestando-lhes “as ajudas possíveis com os meios de que dispõe” e requerendo a mediação subsidiária do Estado enquanto “corresponsável e regulador”.
Os projetos de intervenção são a Cáritas com Vida, os centros de proximidade e os polos de ação social paroquial que registaram nos apoios financeiros concedidos: Despesas correntes 29 117,17 euros em 284 casos e 7515 euros nas despesas com equipamentos € (38 casos).
A organização diocesana registou em números globais 2252 atendimentos através dos projetos Cáritas com Vida (1275), que quer “garantir a promoção da inclusão social das pessoas, famílias e comunidades”, os Centros de proximidade (576), que são elos de prolongamento do trabalho” nos territórios, e polos de ação social paroquial (401), ao todo 24 e são um “fator fundamental”.
732 foi o número de famílias acompanhadas nas três valências, tendo sido registadas 1847 pessoas dos agregados acompanhadas.
Para a organização os dados de monitorização, relativamente, ao primeiro semestre de 2017 evidenciam “de forma inequívoca” que subsistem três problemáticas dominantes: “O baixo nível de rendimentos das famílias; as situações de doença crónica e o desemprego.”
A estratégia para amenizar as “lacunas sociais identificadas” para a Cáritas de Évora passam pela “escuta ativa” dos destinatários, que capte “as suas opiniões, sugestões e pontos de vistos”.
“O caráter multidimensional da pobreza, como o de outros problemas sociais, exige uma abordagem integrada e coordenada que englobe todas as dimensões da sociedade – a pessoa, a família, a comunidade e as organizações”, observa a Cáritas Arquidiocesana de Évora.
Neste contexto, essa abordagem deve ser orientada por uma estratégia que “promova medidas” centradas na solução dos problemas e “estimule a prática de iniciativas de caráter social”.
Segundo o relatório, o foco na abordagem metodológica desenvolvida está “na pessoa e na família” e, por isso, é preciso “romper com paradigmas de intervenção puramente assistencialistas”.
A Cáritas Arquidiocesana de Évora explica também que durante o primeiro semestre deste ano atravessou uma “fase de profunda reestruturação organizativa” caracterizada, essencialmente, pela “redefinição de procedimentos e práticas internas”.
A reestruturação verificou-se também na aposta numa intervenção social “reconfiguradora e humanizadora” centrada na alteração de trajetórias de vida, na capacitação das pessoas e na promoção do bem comum.
“Espera-se que a estratégia iniciada em 2017 seja incrementadora do impacto e do valor social gerados pela Instituição”, lê-se no relatório.
CB/OC