D. José Alves pede aos sacerdotes oração para «evitar a deriva do individualismo»
Évora, 29 mar 2018 (Ecclesia) – O arcebispo de Évora disse hoje aos padres da arquidiocese que é necessário “evitar a deriva do individualismo” e lembrou que os fiéis “têm direito às celebrações litúrgicas como a Igreja propõe”.
“Só Ele nos pode fazer compreender que os fiéis a nós confiados têm direito às celebrações litúrgicas como a Igreja as propõe e à apresentação do Evangelho «como potência de Deus para a salvação daqueles que creem» (Rom. 1,16)”, disse D. José Alves na Sé de Évora.
Neste contexto, alertou para o “entendimento individual de cada um”, como se a sua parcela do Povo de Deus “não fosse parte integrante da única Igreja de Cristo”.
Na homilia enviada à Agência ECCLESIA, o arcebispo afirmou que “só” Jesus “pode libertar do isolamento e da solidão”, conduz à comunhão com os irmãos e “ensina a viver em espírito de serviço, de fidelidade e de obediência eclesial”.
“Se quisermos evitar a deriva do individualismo, dediquemos tempo à oração, à intimidade com o Senhor”, realçou aos sacerdotes de Évora que participaram hoje na Missa Crismal de Quinta-feira Santa.
D. José Alves explicou que os presbíteros “são servos do mistério”, não atuam por sua livre iniciativa e “devem seguir o exemplo de Cristo que os escolheu” e que “não faz aceção de pessoas” mas “dialogava com todos e a todos acolhia”.
“O ministério pastoral quando é assumido com entusiasmo e no seu autêntico sentido sobrenatural, torna-se uma tarefa fascinante, permite-nos tocar o dom de Deus que transforma os corações, levanta os abatidos, conforta os tristes, pacifica os pecadores, orienta os hesitantes e confirma a fé dos humildes”, desenvolveu.
O arcebispo de Évora observou que o ministério que é “árduo e exigente” e pode “ser causa de incompreensão ou de marginalização” e sem a “proximidade com o Senhor corre o risco de deixar de ser genuíno serviço pastoral para se transformar em hábito rotineiro”.
CB