Vila Viçosa, Évora 01 jun 2015 (Ecclesia) – O bispo de Évora explicou que a família e as vocações consagradas são os “maiores desafios” desta Igreja pela “amplitude e importância” para a “continuidade” da vida cristã, na Peregrinação Diocesana das Famílias, em Vila Viçosa.
“A família tem prioridade em relação às vocações. Sem família não há vocações. Mas ambos os desafios são complexos, difíceis de equacionar e sem solução previsível”, disse D. José Alves no Santuário de Nossa Senhora da Conceição.
Na homilia enviada hoje à Agência ECCLESIA, o prelado assinalou que é possível perceber na sociedade que os “problemas” das famílias “são muitos e graves” originados na pobreza, na doença ou na falta de apoio social que se “sobrepõe a falta de amor mútuo e a falta de fé e confiança no amor de Deus”.
O bispo de Évora que apelou a que ninguém fique indiferente, no santuário mariano de Vila Viçosa pediu “auxílio “para as famílias que se encontram em provação” e “coragem” para as que se “esforçam” por viver em paz e harmonia sejam “testemunhas credíveis da fé” e autênticas igrejas domésticas.
Para D. José Alves a peregrinação ao santuário mariano em Vila Viçosa, realizada este sábado, repete os “gestos” dos antepassados que “nos momentos de crise, quando as dificuldades se avolumavam, recorriam à proteção da mãe e padroeira”.
“Nela encontravam alento e força para enfrentar os perigos, luz para descobrir o caminho a seguir e esperança para acreditar na vitória do amor de Deus sobre os poderes do pecado e do mal”, acrescentou, destacando que também hoje as pessoas estão envolvidas em “dificuldades de cariz político, económico, social e religioso”.
Na Peregrinação Diocesana das Famílias, onde também agradeceram a Deus o “mundo maravilhoso que Ele preparou”, o bispo pediu aos participantes que afastem os “falsos deuses”: “Avareza; consumismo; ódio; inveja; luxúria; maledicência; egoísmo.”
Inspirado na leitura de São Paulo aos cristãos de Colossos, observou que “é chegado o tempo” de voltar para a Palavra de Cristo que deve servir de “guia no quotidiano” da vida de cada um, ao contrário da “comunicação social, internet, a ciência, a opinião dos outros, ou até o esoterismo”.
O encontro teve ainda uma vertente solidária e a cada pessoa foi pedido um bem alimentar que foi oferecido à Caritas Diocesana de Évora.
CB