Escolha da Igreja de São Vicente, propriedade da Câmara Municipal, para a realização da iniciativa promovida por «várias entidades ligadas à comunidade LGBT+» foi «pouco sensata»
Évora, 16 jun 2023 (Ecclesia) – A Arquidiocese de Évora “repudia liminarmente” os atos de vandalismo que destruíram obras expostas na mostra “Missiva de Amor e Ódio”, patente ao público na Igreja de São Vicente, propriedade da Câmara Municipal.
Em comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, a Arquidiocese de Évora demarca-se dos atos de vandalismo e “repudia liminarmente qualquer atitude de intolerância, vandalismo e violência”, referindo que a escolha do espaço para a realização da exposição foi “pouco sensata”.
“Tendo os espaços uma história, uma identidade e uma ligação à cultura e às emoções das pessoas que os usam, a decisão de realizar esta exposição na Igreja de São Vicente parece pouco sensata e reveladora de pouco respeito pela sensibilidade de muitos cidadãos”, afirma o documento.
A exposição intitulada “Missiva de Amor e Ódio” é realizada em Évora onde “várias entidades ligadas à comunidade LGBT+, em parceria com a Câmara Municipal de Évora, promovem um conjunto de iniciativas socioculturais, integradas no 1º Évora Pride, a decorrer entre 13 e 18 de Junho”.
No dia 15 de junho, quinta-feira, a exposição foi “vandalizada e destruídas as obras ali expostas”, tendo algumas notícias relacionado “o ocorrido com manifestações de desagrado de grupos ligados à Igreja”.
“Numa sociedade plural e democrática entendemos ser dever de cada cidadão e, mais ainda, dos agentes institucionais, promover a convivência pacífica entre todos e a livre expressão de ideias e sensibilidades”, afirma o documenti.
O comunicado do Departamento de Comunicação da Arquidiocese de Évora conclui afirmando que “Igreja eborense está, e estará, comprometida com a paz social e com a convivência respeitosa entre todos”.
PR