Évora: Arquidiocese apresenta resultados de inventário do património móvel

Colóquio na Fundação Eugénio de Almeida e exposição assinalam conclusão do projeto

Évora, 30 out 2014 (Ecclesia) – A Arquidiocese de Évora vai apresentar hoje os resultados do seu inventário artístico, num colóquio promovido pela Fundação Eugénio de Almeida que assinala a conclusão do projeto iniciado em 2002.

Os trabalhos têm início marcado para as 10h00, no auditório do Fórum Eugénio de Almeida, dando a conhecer o processo de levantamento, estudo e catalogação do património artístico diocesano.

“O Colóquio Inventário Artístico da Arquidiocese de Évora assinala assim o encerramento de uma iniciativa da Fundação Eugénio de Almeida, em colaboração com a Arquidiocese de Évora, que surgiu do compromisso da Instituição na preservação, conhecimento e divulgação do património cultural móvel diocesano”, refere um comunicado divulgado pela arquidiocese alentejana.

Uma equipa de profissionais nas áreas de História do Património, História da Arte e Ciências Documentais, sob a coordenação técnico-científica de Artur Goulart, “realizou o levantamento exaustivo de uma diversidade de espólios e tipologias de objetos, dispersos por um alargado território geográfico”, desde a pintura, à escultura, às alfaias litúrgicas, aos têxteis, à joalharia, à numismática, à azulejaria, e a documentos de arquivo e livros antigos.

Para o presidente do Conselho de Administração da Fundação, cónego Eduardo Pereira da Silva, “à grandeza dos números dos milhares de peças que a Igreja reuniu ao longo dos tempos para servirem de esteio de evangelização e de mediador da devoção dos fiéis, soma-se o valor histórico, cultural, artístico, pastoral e espiritual intrínseco deste património que, pese embora ser propriedade da Igreja, a todos pertence enquanto marca identitária e expressiva do que somos enquanto povo”.

O projeto incluiu ainda uma componente de divulgação, com 12 livros editados e seis edições em preparação, bem como o site bilingue onde se pode encontrar o registo fotográfico, a história e função litúrgica das peças inventariadas.

Segundo a Arquidiocese de Évora, foram inventariadas cerca de 25 mil peças, localizadas em 24 concelhos: Alandroal, Alcácer do Sal, Arraiolos, Avis, Borba, Elvas, Estremoz, Évora, Fronteira, Monforte, Mourão, Montemor-o-Novo, Mora, Ponte de Sor, Portel, Redondo, Sousel, Viana do Alentejo, Vila Viçosa, Reguengos de Monsaraz e Campo Maior, Vendas Novas, Coruche e Benavente.

O colóquio desta quinta-feira conta com intervenções de D. José Alves, arcebispo de Évora, e Ana Paula Amendoreira, diretora regional de Cultura do Alentejo, para além de várias análises ao processo de inventário.

A iniciativa encerra-se com o lançamento do livro ‘Memória e Esplendor – Arte Sacra da Arquidiocese de Évora’, com a apresentação de Joaquim Caetano.

Na sequência desta intervenção vai decorrer entre 14 de novembro de 2014 a 15 março de 2015 a exposição ‘Tão alto quanto os olhos alcançam’, que “pretende efetuar uma leitura cruzada entre o património artístico da Arquidiocese de Évora e a arte contemporânea”.

exposição, comissariada por Delfim Sardo, “fará um percurso por artistas e obras, num contexto internacional e globalizado, que são testemunho da ponte entre imanência e transcendência que só o universo artístico pode corporalizar”.

Nesse sentido, vão ser “tematizadas três problemáticas – ritual, transcendência e invisibilidade – na sua relação coma criação artística”.

OC

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Agência ECCLESIA

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