Évora: Arcebispo recorda que a «humilhante problemática dos migrantes no Alentejo» foi denunciada em 2019

D. Francisco Senra Coelho questiona «porque pouco ou nada se fez?»

Foto: Arquidiocese de Évora – Apresentação do documento “Despovoação e Migração no Alentejo”, 2019

Évora, 08 mai 2021 (Ecclesia) – O arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho, lamenta a “humilhante problemática dos migrantes no Alentejo” e recorda o documento de 2019, emitido pela Comissão Diocesana Justiça e Paz, onde denunciava “esta nova forma de escravatura”.

“Grato pelo excelente trabalho refletido e elaborado pela Comissão Diocesana Justiça e Paz, permito-me refrescar a memória cultural, social e política do país que somos e lembrar no atual contexto de forte rumor político e mediático, as constatações então apresentadas e a disponibilidade para colaborar por parte da Igreja presente no Alentejo”, o arcebispo de Évora em nota enviada à Agência ECCLESIA.

O prelado questiona ainda “porque pouco ou nada se fez?” referindo-se à situação dos migrantes no Alentejo, onde “nenhuma resposta surgiu, exceto o silêncio de muitos, mesmo tratando-se de um apelo urgente com consequências de desumanização”.

Na nota o responsável cita três parágrafos do documento, um deles onde se mostrava a disponibilidade e ajuda da Igreja, como “parceiro privilegiado neste acolhimento, através dum acompanhamento próximo da realidade laboral e social, ajudando, dentro da sua esfera de influência local/regional, a uma melhor integração, principalmente através da projeção da visibilidade da sua realidade”.

D. Francisco Senra Coelho escreveu a nota intitulada a “humilhante problemática dos migrantes no Alentejo” evocando o primeiro documento da Comissão Diocesana Justiça e Paz de Évora, intitulado “Despovoação e Migração no Alentejo”, apresentado em conferência de imprensa no dia 4 de dezembro de 2019.

“Com esperança e confiança na competência das autoridades constituídas, acompanhamos e apoiaremos todas as medidas regularizadoras, de fiscalização, e humanizantes para esta situação que toca os direitos fundamentais da pessoa humana”, termina.

SN

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Agência ECCLESIA

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