«Ser sinal de esperança é ser acolhimento, abrir a porta e compartilhar» – D. Francisco Senra Coelho
Évora, 15 set 2020 (Ecclesia) – O arcebispo de Évora defende que a Igreja deve procurar quem “está só e vive em situação de sofrimento”, perante a crise provocada pela pandemia, e “acolher quem chega”.
D. Francisco Senra Coelho falou à Agência ECCLESIA na Jornada Geral do Clero, no início do ano pastoral, que se encerra hoje no Seminário Maior de Évora, sobre o tema ‘Discípulos missionários da esperança’, que transita de 2019/2020.
A decisão de manter o tema decorre da “circunstância inesperada da pandemia”, destacando que a esperança é uma palavra e atitude “sempre atual”.
As questões sociais estão no centro das preocupações da Arquidiocese de Évora num momento dominado pela Covid-19.
“Ser sinal de esperança é ser acolhimento, abrir a porta e compartilhar”, precisa D. Francisco Senra Coelho.
Segundo o arcebispo, há um aumento “significativo” do número de pessoas que procuram a Igreja em busca de auxílio.
A arquidiocese alentejana olha para o momento atual “como um grande desafio” e pretende “dar cada vez mais sinais de esperança”, porque “há muitos sós e com um vazio muito grande”.
Quanto ao regresso das celebrações comunitárias, D. Francisco Senra Coelho considera que as comunidades católicas são “muito conscientes”, ainda que a prática dominical na arquidiocese não seja “muito elevada”, rondando os 10%.
A Igreja Católica em Portugal está a preparar-se para receber, no verão de 2023, a edição internacional da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), vista pelo arcebispo de Évora como um “grande sinal dos tempos” e uma oportunidade para acolher, no território alentejano, “acolher jovens, os mensageiros da esperança”.
“A Igreja tem de dar motivos de esperança se quer ser participante na sociedade e na vida”, se tal não acontecer “é irrelevante”.
LFS/OC