D. José Alves alerta para desafio das «novas tecnologias» que «separam e isolam»
Évora, 18 mai 2015 (Ecclesia) – O arcebispo de Évora apontou este domingo, 49.º Dia Mundial das Comunicações Sociais, o contexto familiar como espaço privilegiado de “comunicação” e de “encontro autêntico”.
Numa nota publicada através da internet, D. José Alves salienta que “é na família que se situa a origem da comunicação” e que é ali também que cada pessoa, desde o “ventre materno”, colhe “os ingredientes necessários” para o diálogo com os outros, “a aceitação, o amor, o encontro entre pessoas e a linguagem materna”.
Uma noção que, segundo o prelado, parece estar cada vez mais esquecida numa época em que “a família é mais frequentemente abordada como objeto de opiniões ou como campo de batalhas ideológicas”.
De acordo com D. José Alves, todas as “experiências gratificantes de comunicação, vividas no ambiente familiar, alargam o horizonte da comunicação” e ao mesmo tempo “alertam para as dificuldades” da sua concretização.
Neste campo, o arcebispo de Évora assinala o desafio das “novas tecnologias da comunicação, porventura um dos temas que na atualidade requer maior atenção e empenhamento por parte das famílias”.
Como forma de “fácil de contacto e de aproximação com os que estão longe”, essas ferramentas “devem ser saudadas como um benefício extraordinário” para toda a família humana.
No entanto, “também transformar-se em barreiras de separação e muralhas de isolamento que dificultam ou, porventura, impossibilitam a comunicação interpessoal e intergeracional dos que vivem na mesma casa e fazem parte da mesma família”, complementa.
Para abordar estes desafios, que se fazem sentir sobretudo entre as gerações mais novas, que mais navegam o “mar alto das realidades virtuais” e os seus “muitos perigos”, as famílias por vezes “não têm meios” adequados.
É aqui que devem entrar “as entidades oficiais, as escolas e os meios de comunicação social”, para que “alertem para estes perigos, colaborem com as famílias e as ajudem a encontrar as soluções adequadas”, conclui o prelado.
JCP