Évora: Arcebispo convidou sacerdotes «a mostrar a beleza que salva»

D. Francisco Senra Coelho alertou para «desencontros violentos, cruéis e mortais» que o mundo vive

Foto Arquidiocese de Évora

Évora, 17 abr 2025 (Ecclesia) – O arcebispo de Évora convidou os sacerdotes “a mostrar a beleza que salva”, num mundo que “vive terríveis feridas de desencontros violentos, cruéis e mortais”, na homilia da Missa Crismal, que presidiu na manhã desta quinta-feira, na Catedral.

“O mundo vive terríveis feridas de desencontros violentos, cruéis e mortais. De novo, somos convidados a mostrar a beleza que salva, a harmonia que brota da presença do Espírito de Deus em nós”, disse D. Francisco Senra Coelho, aos padres e diáconos, na homilia enviada à Agência ECCLESIA.

Os momentos centrais da Semana Santa começam esta quinta-feira, dia em que se celebram a Missa Crismal e a Missa vespertina da Ceia do Senhor; a Missa Crismal reúne em torno do bispo o clero da diocese, que renova as suas promessas sacerdotais, e são abençoados os óleos dos catecúmenos e dos enfermos e consagrado o santo óleo do crisma.

Foto Arquidiocese de Évora

“O óleo do Crisma que vamos consagrar, e os óleos dos enfermos e dos catecúmenos que vamos benzer, constituem, no meio de nós, um autêntico manancial ou programa de vida. Igual ao de Cristo. Outros Cristos, Ungidos no coração, para levar o anúncio do Evangelho a todos os nossos irmãos. Se somos outros Cristos, Ele está connosco, em nós, no meio de nós. A messe e a plantação são d’Ele. A Ele a honra, a glória e o louvor para sempre”, destacou o arcebispo de Évora.

O responsável diocesano pediu aos sacerdotes para seguirem o pensamento do Papa Francisco, pronunciado na Missa Crismal de 2023, no dia 6 de abril, na Basílica de São Pedro, e citou que “construir a harmonia” entre eles “é sobretudo uma exigência interna na vida do Espírito, é algo que brota da Esperança de que não vamos sós”.

“Que pela abertura do coração ao Espírito Santo, a harmonia se reforce e renove sempre no Presbitério Eborense”, pediu D. Francisco Senra Coelho, no final da sua homilia.

Foto Arquidiocese de Évora

Aos fiéis leigos, batizados e crismados, que participaram na Missa Crismal desta Quinta-feira Santa, o arcebispo de Évora disse que eram “outros Cristos”, porque foram também ungidos com o óleo do Crisma, “que recebe o seu nome de Cristo”.

“Cristo significa Ungido e Crisma significa Unção. Também vós, amados Fiéis Leigos, fostes Ungidos na fronte, no Batismo e na Confirmação, com o óleo do Crisma. Além de Ungidos na fronte, no Batismo e na Confirmação, os Sacerdotes foram ainda Ungidos nas mãos com o mesmo óleo do Crisma, e o Bispo foi-o ainda na cabeça. Também as igrejas e os altares são ungidos com o óleo do Crisma no dia da sua Dedicação”, exemplificou.

“É este óleo do Crisma, com que todos somos ungidos no coração, identificando-nos assim com Cristo”, assinalou D. Francisco Senra Coelho.

No domingo, a Igreja Católica iniciou, com a celebração dos Ramos, a Semana Santa, momento central do ano litúrgico, que recorda os dias da prisão, julgamento e execução de Jesus, culminando com a Páscoa, que assinala a ressurreição de Cristo, a mais importante festa do calendário católico.

CB/PR

Com a Missa vespertina da Ceia do Senhor tem início o Tríduo Pascal da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor: é comemorada a instituição dos Sacramentos da Eucaristia e da Ordem e o mandamento do Amor (o gesto do lava-pés); no final da Missa, o Santíssimo Sacramento é trasladado para um outro local, desnudando-se então os altares.

Na Sexta-feira Santa não se celebra a Missa, tendo lugar a celebração da morte do Senhor, com a adoração da cruz; o silêncio, o jejum e a oração marcam este dia.

O Sábado Santo é dia alitúrgico: a Igreja debruça-se, no silêncio e na meditação, sobre o sepulcro do Senhor e a única celebração primitiva parece ter sido o jejum.

A Vigília Pascal é a “mãe de todas as celebrações” da Igreja, evocando a Ressurreição de Cristo.

 

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