D. Francisco Senra Coelho lembra território com «marcas de desertificação» e elevado envelhecimento
Évora, 29 out 2018 (Ecclesia) – O arcebispo de Évora afirmou a importância de todos pensarem em estar “perto da pessoa fragilizada” no contexto das Jornadas Arquidiocesanas de Pastoral da Saúde sobre o tema ‘Família, Espiritualidade e Saúde’.
“Vivemos numa região do país onde o tecido social tem muitas marcas de desertificação e a população com índices elevados de envelhecimento. Por isso, em todos os níveis, em todas as situações, em todas as idades, acontecem momentos de fragilização mais agudos e é preciso estar junto da pessoa”, disse D. Francisco Senra Coelho, à margem do encontro.
Em declarações enviadas hoje à Agência ECCLESIA, o arcebispo frisou a necessidade de uma existir uma “pastoral de proximidade por excelência”.
“Estar na proximidade, rosto a rosto, no diálogo, na escuta, na capacidade de ouvir a pessoa ou fazer silêncio com a pessoa, se esse é o momento”, exemplificou, desejando que a diocese alentejana “esteja atenta e sensibilizada” para o “recado” que o serviço diocese quer alargar a todos.
O arcebispo de Évora alertou que se está numa “sociedade líquida” que, constantemente, “pergunta, interroga, espera”, e não podem permanecer “em respostas fixa que rapidamente são respostas para o passado ou do passado”.
‘Família, Espiritualidade e Saúde’ foi o tema da jornada de formação promovida pela Comissão Diocesana da Pastoral da Saúde, em parceria com o Serviço de Assistência Espiritual e Religiosa do Hospital do Espírito Santo, este sábado, em Évora.
“Estamos numa circunstância de exigência nesta área da pastoral da saúde que não se pode improvisar uma ação, um serviço, é muito importante a formação continua até porque constantemente se põe problemas novos”, desenvolveu D. Francisco Senra Coelho.
O assistente diocesano da Pastoral da Saúde realçou que quando se fala de espiritualidade e família são duas dimensões que “têm uma grande componente protetora e preventiva da doença – física, mental, psicológica”.
“Como conjugar estas duas dimensões para fazer delas forças preventivas da saúde dos indivíduos”, é para o padre Manuel Vieira uma reflexão importante.
O responsável salientou que a família é “um tema permanente”, uma vez que, as pessoas vivem nas suas famílias, e a articulação o lema ‘Família, Espiritualidade e Saúde’ “interessante” para conhecer como as três dimensões “se podem entrelaçar e potenciar umas às outras”.
“A família potenciadora e protetora da saúde dos indivíduos e em que medida espiritualidade é dimensão que pode contribuir para essa saúde”, exemplificou ainda o assistente diocesano da Pastoral da Saúde, o padre Manuel Vieira.
As jornadas de pastoral da saúde da Arquidiocese de Évora destinavam-se em especial aos profissionais e estudantes da área da saúde, bem como aos voluntários da Pastoral da Saúde.
CB/PR