LOC/MTC: Organização católica dá «especial atenção» à dignificação do trabalho e está preocupada com o aumento da extrema-direita

No dia 07 de outubro realiza conferência sobre “Trabalho digno por uma sociedade humanizada”

Lisboa, 04 out 2024 (Ecclesia) – A LOC/MTC promove, dia 07 deste mês, pelas 21h00, uma conferência online com o tema “Trabalho digno por uma sociedade humanizada”.

A iniciativa serve para comemorar o Dia Internacional pelo Trabalho Digno e conta com intervenções de Mafalda Troncho (diretora da OIT Lisboa); Miguel Fontes (ex-secretário de Estado do Trabalho) e D. Roberto Mariz (bispo auxiliar do Porto), refere o programa enviado à Agência ECCLESIA.

Numa mensagem do MMTC (Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos) sobre Dia Internacional pelo Trabalho Digno lê-se que a promoção da justiça social e de uma economia para a vida com que o movimento se comprometeu “nos próximos 4 anos só é possível se todos os homens e mulheres tiverem acesso a um trabalho digno, isto é, emprego com uma remuneração adequada (em efetivo ou em espécie), segurança no trabalho e condições laborais saudáveis”.

“Infelizmente, as tendências da atual situação política mundial parecem querer ignorar os pequenos contributos e os passos conquistados até agora no âmbito dos direitos e liberdades pessoais”, acentua o documento.

A crescente ascensão “e tentativas de chegar ao poder dos partidos da extrema-direita constituem uma ameaça sem precedentes para os valores da democracia, o Estado de direito, a igualdade e a justiça”.

Com vista à celebração do Dia Mundial pelo Trabalho digno a 7 de outubro de 2024, “unimo-nos aos movimentos na Europa na sua declaração contra a ascensão ao poder dos partidos de extrema-direita e às suas negativas consequências no âmbito dos direitos pessoais e naquilo que diz respeito ao trabalho digno”.

É com “grande preocupação” que as organizações membros do MMTC, observam “o regresso das políticas populistas de direita, por vezes mesmo de extrema direita, em muitos dos países”.

“Os trabalhadores, funcionários, e frequentemente, as pessoas em situações precárias sucumbem face às estratégias nefastas dos partidos neofascistas e pós-fascistas de todo o mundo”, sublinha o documento.

“Acreditamos firmemente que recorrer ao populismo e ao extremismo de direita é incompatível com a dignidade do ser humano no trabalho”.

LFS