
Lisboa: Patriarcado aponta à responsabilidade de cuidar dos pobres e dos sem-abrigo
«Jubileu da Caridade» tem encontro marcado para 21 de março



Lisboa, 06 mar 2025 (Ecclesia) – O Patriarca de Lisboa está a promover o Jubileu da Caridade, apelando à responsabilidades das comunidades católicas de cuidarem dos pobres e dos sem-abrigo.
“Que se abram de par em par as portas para quem pouco ou nada tem”, refere uma nota divulgada pela diocese.
A equipa jubilar decidiu “colocar em prática” a invocação do Papa Francisco no auxílio prestado àqueles “a quem muitas vezes falta o necessário para viver”.
D. Rui Valério, patriarca de Lisboa, vai estar presente no Encontro do Jubileu da Caridade, marcado para as 10h00 do dia 21 de março, no Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal, no Bombarral.
Organizado pelo Departamento da Pastoral Sócio-Caritativa do Patriarcado de Lisboa, o encontro é dirigido a toda a diocese.
“Chegou a altura de fazermos o nosso encontro. Pretendemos juntar todas as realidades do nosso departamento num momento de comunhão e convívio. Será um dia de partilha, testemunho e esperança. Contamos com todos”, salienta a organização, num comunicado.
Este departamento refere ainda que “tem vivido o Jubileu 2025 assente no tripé – Fé – Esperança – Caridade”, em particular com a peregrinação das quatro cruzes pelo território diocesano.
“Propusemos uma peregrinação interior, uma experiência viva de fé e animada pela esperança. Caminhamos juntos e em Igreja. Levando a todas as realidades do nosso departamento uma semente de esperança. Ao longo do primeiro trimestre de 2025 as quatro Cruzes têm percorrido a Diocese de Lisboa, nas várias realidades da Pastoral Sócio-Caritativa e nas quatro áreas pastorais”, destaca a nota, divulgada pelo Patriarcado.
O programa integra uma caminhada, a plantação de árvores e inauguração da fonte da Caridade, momentos de convívio e a Eucaristia presidida por D. Rui Valério,
O patriarca de Lisboa benzeu, na manhã desta Quarta-Feira de Cinzas, o novo Centro de Alojamento Temporário da Saudade, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
“É um monumento à esperança: não só à esperança de uma cidade, mas à esperança da própria humanidade”, referiu D. Rui Valério.
A nova valência é uma resposta de alojamento temporário ou de emergência, destinada a pessoas sem teto e requerentes de proteção internacional, com vista a promover o desenvolvimento das competências pessoais, sociais, educacionais e profissionais, de acordo com o respetivo Plano de Intervenção Individual, definido para cada residente em alojamento temporário, evitando a reincidência e visando a integração social com autonomia, informa o Patriarcado de Lisboa.
O responsável estava acompanhado pelo reitor da Igreja de São Roque, padre António Júlio Trigueiros, e pelo diácono Francisco Xavier Temudo de Castro da Costa Macedo, colaborador da Reitoria da Igreja de São Roque e na Capelania da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
“A beleza deste acontecimento contrasta com o rumo do mundo. Nós, na simplicidade e na beleza, preparamo-nos para inaugurar um centro de acolhimento para os que necessitam de ser acolhidos. Na cultura cristã e na cultura da sociedade, o acolhimento é o primeiro passo das grandes transformações civilizacionais que se operaram. O ser humano é maravilhoso e o primeiro passo foi quando se tornou hospitaleiro. Esta casa é uma homenagem ao ser humano, naquilo que o ser humano tem de mais digno e de melhor. Pode ser só uma gota, mas a gota faz a diferença”, declarou D. Rui Valério, antes de benzer o espaço e quem nele trabalha ou vai residir.
A sessão solene tinha sido aberta pelo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Paulo Sousa, que se mostrou muito satisfeito pelo “espaço digno”, falando num “momento importante da vida” da SCML.
OC