
Igreja/Portugal: Mensagem para o Dia dos Irmãos convida a «cuidar e conservar os laços fraternos»
«Numa altura em que vence o descarte e o imediato, faz-nos bem revisitar e fortalecer as raízes da árvore que somos» – Comissão Episcopal do Laicado e Família
Lisboa, 21 mai 2025 (Ecclesia) – A Comissão Episcopal do Laicado e Família (CELF), da Igreja Católica em Portugal, convida a “cuidar e conservar os laços fraternos”, em “tempos condicionados pela pressa e pela superficialidade”, na mensagem para o Dia dos Irmãos (31 de maio).
“Este dia é para festejarmos, homenagearmos e, sobretudo, para agradecermos aos nossos irmãos tudo o que partilhamos na peregrinação da vida! Um dia para reviver e amadurecer os laços que nos unem aos nossos irmãos e irmãs. Uma forma de celebrar os mais próximos, aqueles com quem nos descobrimos e crescemos em família”, escrevem os bispo da CELF, no documento enviado hoje à Agência ECCLESIA.
A CELF afirma que é importante “cuidar e conservar os laços fraternos”, sobretudo quando se vivem “tempos condicionados pela pressa e pela superficialidade”.
“Na verdade, numa altura em que vence o descarte e o imediato, faz-nos bem revisitar e fortalecer as raízes da árvore que somos”, acrescentam os responsáveis católicos.
A mensagem recorda que o Papa Leão XIV iniciou o novo pontificado da Igreja Católica com “palavras de compromisso” face à construção da Paz Universal, no dia 8 de maio, ao começar a sua saudação, após a eleição, a desejar: «a Paz esteja convosco…».
“Como seria bom que esta saudação, chegasse ao coração de todos, alcançasse as nossas famílias e todas as pessoas, onde quer que estejam, todos os povos, toda a terra. Face a esta interpelação de Leão XIV ninguém pode responder como Caim: “O que tenho eu a ver com o meu irmão?” ou “Por acaso sou guarda do meu irmão?” (Gn 4, 1-16)”, desenvolve o texto.
Segundo a Comissão Episcopal do Laicado e Família, numa sociedade com muitos filhos únicos “pode ser difícil para alguns perceber a realidade do amor entre irmãos”, que é sempre uma mais-valia na vida de alguém, “em certos momentos da vida não ter um irmão ao lado é pobreza e porventura solidão”.
“Ser irmão e ter irmãos é uma experiência que tem sabor e traz uma sabedoria que só quem vive, pode partilhar. Mais do que amizade, o amor de irmãos é uma experiência única e diferente em cada pessoa e em cada família. Amor de irmãos não se explica, vive-se, sente-se e partilha-se.”
A comissão da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) salienta que a amizade entre irmãos se “inscreve no projeto de Deus para a Humanidade”, Jesus é o Emanuel, ‘o Deus connosco’, e ao doar “o Seu Pai” dás o fundamento da fraternidade em que “alicerce a sua mensagem: “Todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é minha irmã e minha mãe” (Mt 12,50).
A Comissão Episcopal do Laicado e Família salienta que o ‘Dia dos Irmãos’ – iniciativa da Confederação das Famílias Numerosas que se celebra no encerramento do mês da família, a 31 de maio – convida “a alargar a tenda dos corações a todos os seres humanos”, homens e mulheres que habitam e com quem partilham a ‘Casa Comum’.
A Igreja Católica no âmbito do Ano Santo 2025, o 27.º jubileu ordinário da história, convocado por iniciativa do Papa Francisco, que o dedicou ao tema da esperança, vai celebrar o Jubileu das Famílias, dos Avós e dos Idosos, de 30 de maio a 1 de junho, em Roma e no Vaticano.
CB/OC