Igreja: Pontifício Colégio Português em Roma vai celebrar 125 anos
Lisboa, 14 out 2025 (Ecclesia) – O Pontifício Colégio Português em Roma (Itália) celebra, dia 20 deste mês, 125 anos de existência, e é um espaço onde sacerdotes de Portugal, das comunidades de língua portuguesa e de outros quadrantes do mundo vivem o seu ministério, tendo “como missão o estudo, na vivência da fraternidade sacerdotal”.
“Celebrar 125 anos é reconhecer a riqueza de uma história longa e frutuosa na missão da Igreja, mas também olhar o presente e o futuro, renovando o compromisso com o Evangelho”, lê-se no site da instituição.
O Papa Leão XIII, a 20 de outubro de 1900, em pleno Jubileu dedicado ao «Reavivar da Fé», fundava o Pontifício Colégio Português, com a intenção de “oferecer à Igreja de Portugal as condições necessárias para dotar os pastores de um coração sábio e competente, necessário para enfrentar os desafios que se colocavam à Igreja no início do século XX”, escreveu o padre António Estêvão Fernandes, reitor do Pontifício Colégio Português
Agora, em pleno Jubileu da Esperança, com o Papa Leão XIV, “celebramos os 125 anos da sua fundação. Cada Jubileu conduz-nos sempre ao mistério de Cristo, e é envolvidos e enraizados n’Ele que elevamos a nossa gratidão por tantos sinais sensíveis da Sua presença, nesta história secular, contada, sobretudo, pela vida doada de tantos dos seus ministros”, acrescenta.
Esta efeméride é um “tempo favorável em que o Colégio Português é chamado a refletir sobre a sua missão no contexto atual da Igreja”.
“Cremos que a celebração da vida e missão realizada, só faz sentido numa interrogação constante sobre os desafios que nos são colocados, enquanto espaço de preparação e capacitação integral para o anúncio credível e autêntico do Evangelho no mundo contemporâneo”.
LFS
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HISTÓRIA 1900 – 20 de Outubro, Bula Rei Catholicae apud Lusitanos – O Papa Leão XIII, através da Bula Rei Catholicae apud Lusitanos, funda canonicamente o Pontifício Colégio Português em Roma. Nela escreve “tendo em conta o bem maior das suas Dioceses, era necessário estabelecer em Roma um Colégio, onde se formassem candidatos ao sacerdócio de todo o país. Neste espaço, junto do venerando túmulo dos príncipes dos apóstolos, e da augusta Cátedra de Pedro, é onde mais propiciamente se pode aurir a conformíssima doutrina que convém os ministros de Deus; é aqui que, mediante o exercício da virtude, se podem adquirir, com maior penhor de estabilidade, os hábitos de um proceder irrepreensível e de uma piedade sólida (…). Portanto, para maior glória de Deus (…) pela presente carta fundamos e constituímos em Roma, no âmbito da nossa autoridade e tutela, e dos nossos Sucessores, o Colégio Eclesiástico Português, e queremos que usufrua dos mesmos privilégios de que gozam os outros Colégios Pontifícios Eclesiásticos de Roma.(…)” O Papa Leão XIII manda adquirir o Palácio Alberini, para aí se instalar, a partir de outubro, o Pontifício Colégio Português, proporcionando assim uma conveniente e decorosa habitação aos seus alunos. Nas imediações do Castelo de Sant’Angelo, o Palacio fora mandando construir em, 1515, pelo Conde Alberini, com desenho de Júlio Romano, um dos maiores discípulos de Rafael. Antes de funcionar como sede do Colégio Português, o palácio pertenceu aos Condes Senni, a quem a Santa Sé o adquiriu, para o oferecer ao lusitano Colégio. Ocupado, no início, por alguns serviços da Santa Sé progressivamente o Colégio foi assumindo a totalidade do Palácio, onde se manteve até 1973. |
