Igreja: Meeting de Lisboa tem como tema “Que quer dizer esta solidão imensa? E eu, o que sou?”
Lisboa, 18 nov 2024 (Ecclesia) – A 9ª edição do Meeting Lisboa realiza-se nos dias 23 e 24 deste mês, na cantina velha da cidade universitária, em Lisboa, e tem como tema “Que quer dizer esta solidão imensa? E eu, o que sou?”
Esta iniciativa cultural de diálogo e amizade social fundada em 2012 traz à capital portuguesa um fim-de-semana “cheio de oportunidades de encontro com experiências que desejam construir um espaço onde é possível afirmar o Bem, o Belo e o Verdadeiro que se encontram em todas as coisas”, lê-se numa nota enviada à Agência ECCLESIA.
No manifesto de apresentação, a Associação Cultural refere que “estamos rodeados de cenários de depressão, burnout ou tantos outros sinais de esmagamento de um ser humano que se sente sozinho”.
Três exposições, cinco conferências e dois momentos musicais vão procurar identificar lugares e pistas para perguntas como “Para quê empenhar-se nisto ou naquilo? Porque vale a pena amar e sofrer? Muitas vezes criamos uma realidade artificial a que não damos o direito de nos surpreender”.
No evento vai estar presente o padre Mauro-Giuseppe Lepori que fará a conferência central do Meeting Lisboa 2024, dedicada precisamente à frase que dá tema a esta edição.
O abade geral dos Cistercienses vai aprofundar as questões da fragmentação e compartimentação da vida e das relações, à luz de testemunhos como o de Takashi Paulo Nagai, o médico japonês que desempenhou um papel fundamental na reconstrução de Nagasaki após a bomba atómica.
O percurso da sua vida de cientista apaixonado, professor dedicado e pai de família ilumina e oferece uma possibilidade mais humana e mais verdadeira, num tempo cheio de guerras, divisões e conflitos.
A organização refere ainda que “quando a inteligência artificial parece ser capaz de substituir o Homem, emerge, poderosa, a pergunta: o que é o ser humano para lá disso? Depois de ser reduzido a um conjunto de dados que, processados, oferecem ao homem o que parece que precisa, o que fica ainda?”.
Para responder a tal desafio, um diálogo sobre as consequências antropológicas do tema, com especialistas das áreas da Economia, da Medicina, da Arte, da Educação e da Engenharia.
Destaca-se ainda, no 50º aniversário do 25 de abril e nas vésperas do 25 de novembro, um percurso musical pelos cantos de intervenção, com o título “Cá dentro inquietação”, que procurará dar a conhecer as origens e o anseio por detrás de tal experiência tão relevante na nossa história.
A abertura do evento será feita pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, num diálogo com o tema “E eu, o que sou… na política?”.
LFS