Igreja/Cultura: Exposição de duas novas obras do programa «O Belo, a Sedução e a Partilha»

Lisboa, 12 Jul 2022 (Ecclesia) – A Direção-Geral do Património, a Fundação Gaudium Magnum e o Museu Nacional de Arte Antiga convidam os órgãos de comunicação social para a inauguração, dia 14 deste mês, às 17h00, da exposição de dois novos quadros no âmbito do programa «O Belo, a Sedução e a Partilha» – Obras da Coleção Maria e João Cortez de Lobão.

As obras da Fundação Gaudium Magnum – «Ártemis aparece a Admeto e Alceste» e «Ifigénia em Áulide» de Sebastiano Ricci vão ser apresentadas no evento de inauguração da exposição, no Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), em Lisboa e haverá também uma conferência de apresentação das duas obras por Miguel Soromenho, membro da direção do MNAA, refere uma nota enviada à Agência ECCLESIA

As duas obras são da autoria de um dos “mais notáveis artistas do barroco italiano”, Sebastiano Ricci (1659-1734) e tratando-se de dois temas “da mitologia clássica – Artemis aparece a Admeto e Alceste e Ifigénia em Áulide – as “duas soberbas telas são testemunho da modernidade do estilo internacionalizado de Ricci, herdeiro da tradição colorista veneziana e percursor, em muitos aspetos, da pintura rocaille”, lê-se

As duas pequenas pinturas aqui apresentadas, que devem ser consideradas como um par complementar, ou parte de um ciclo maior não identificado, ainda inéditas e praticamente desconhecidas da historiografia da arte, “foram certamente, pelas suas dimensões e definição mais sintética, concebidas como modelos para obras de maior fôlego”.

“O estilo pictórico, de pincelada vibrante e nervosa, tem permitido, por outro lado, uma atribuição segura ao pintor veneziano Sebastiano Ricci”, sublinha.

A história de «Ifigénia em Áulide» reporta-se ao iminente sacrifício da filha de Agamémnon, oferecida pelo próprio pai para aplacar a ira de Artemísia, que impedia que a frota grega zarpasse de Áulide.

É também a deusa grega da caça, latinizada depois como Diana, que surge na segunda tela suspensa numa nuvem, em idêntica organização cénica.

A história trágica de Admeto e Alceste aqui figurada foi também popular nos meios eruditos da cultura antiquária. Filha do rei Pélias, Alceste tinha sido prometida em casamento àquele que conseguisse conduzir um carro puxado por leões e javalis, tarefa

conseguida por Admeto, rei da Tessália, com a ajuda de Apolo, seu protetor. Uma promessa não cumprida a Artemísia condenou-o à morte, anos mais tarde, sendo possível o sacrifício de alguém em seu lugar. De todos os seus próximos, apenas Alceste se ofereceu, salvando-o in extremis e assim reparando, perante Artemísia, a falta do marido.

LFS

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