Igreja/Ambiente: Jovens açorianos participam em plantação de mata endémica, em Ponta Delgada

Iniciativa do projeto ‘Horta Comunitária das Laranjeiras’, com o Serviço Diocesano à Juventude e o apoio dos Serviços Florestais de Ponta Delgada

Angra do Heroísmo, Açores, 30 jan 2025 (Ecclesia) – O Serviço Diocesano à Juventude de Angra mobilizou jovens de paróquias da ilha de São Miguel para plantarem mata endémica, este sábado, dia 1 de fevereiro, das 10h00 às 16h00 locais, no Centro Pastoral Pio XII, em Ponta Delgada.

“Mexer na terra e ver as coisas crescerem  é uma coisa muito bonita. Depois, ver como as pessoas podem ser solidárias e juntar esforços a partir do cultivo da terra também é muito interessante”, disse a jovem Marta Anula Diniz, “guardiã” no projeto ‘Horta Comunitária das Laranjeiras’, citada pelo portal online Igreja Açores‘’.

A Diocese de Angra informa que os jovens de várias Ouvidorias (conjunto de paróquias) de São Miguel, mobilizados pelo Serviço Diocesano à Juventude, vão participar nesta ação de restauro do ecossistema natural com cerca de 40 amigos do Projeto ‘Horta Comunitária das Laranjeiras’, e aos seus fundadores, em conjunto com os Serviços Florestais de Ponta Delgada.

A plantação de mata endémica nos espaços exteriores do edifício principal do Centro Pastoral Pio XII (Ponta Delgada) vai realizar-se este sábado, dia 1 de fevereiro, entre as 10h00 e as 16h00 locais (mais uma hora em Portugal continental).

Segundo a Diocese de Angra, esta ação de reflorestação com a juventude é a primeira de uma série que estão pensadas para “sensibilizar os jovens  para a importância da ecologia integral”, na lógica da encíclica ‘Laudato Si’, o documento ecológico e social do Papa Francisco, que faz 10 anos, foi publicado em maio de 2015.

Esta iniciativa resulta de um projeto apresentado à Diocese de Angra, pelo grupo que gere a Horta Comunitária das Laranjeiras, para acrescentar valor à zona envolvente do Centro Pastoral Pio XII; o projeto que nasceu de um grupo de amigos, “preocupado com as questões de restauro ecológico  e aproveitamento dos solos”, e a diocese católica dos Açores.

“As áreas verdes estão a desaparecer e nós queremos tomar conta deles para que isso não aconteça”, observa Marta Anula Diniz.

O portal diocesano ‘Igreja Açores’ informa que o acordo prevê a cedência de “cerca de 2 mil metros quadrados de uma zona de terrenos de cultivo” ao grupo que propõe cultivar e tratar voluntariamente a regeneração do ecossistema natural, enquanto os mentores da Horta Comunitária das Laranjeiras devem assegurar a limpeza dos espaços verdes do centro pastoral.

“Em vez de andarmos a roçar relva todos os meses conseguimos através desta parceria com os Serviços Florestais acrescentar valor à zona verde envolvente ao edifício, restaurando ecologicamente a zona”, salientou Marta Anula Diniz, jovem galega com experiência de voluntariado na reflorestação de área ardida, como na Serra de Sintra.

O trabalho em redor da horta tem sido de preparação para a primeira sementeira, na próxima primavera, e a jovem guardiã explica que a dinamização de uma horta biológica, “num espaço citadino, prende-se com este desejo de preservar espaços verdes que têm vindo a ser engolidos nas cidades”.

“Cada um tirará para o seu sustento o correspondente ao esforço que desenvolveu, não haverá trocas comerciais”, acrescentou.

Marta Anula Diniz destaca também que conhecem “o efeito de empoderamento que a terra dá na resposta a questões sociais”, por isso, no futuro, o Projeto Horta Comunitária das Laranjeiras pode ser um espaço de diálogo com o bairro das laranjeiras, conhecido pelos problemas sociais, lê-se no sítio na internet ‘Igreja Açores’.

CB/OC

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