
Igreja/Açores: Escutismo celebra 100 anos «de milhares de atividades e de milhares de sementes de esperança»
Chefe regional João Carlos Tavares destaca que «o escutismo dá muito à sociedade»
Angra do Heroísmo, Açores, 02 jul 2025 (Ecclesia) – A Diocese de Angra informa que as principais celebrações do centenário do Corpo Nacional de Escutas (CNE) – escutismo católico – nos Açores, vão realizar-se de 22 a 25 de agosto, na Ilha Terceira.
“O escutismo é um movimento que dá muito à sociedade”, afirma o chefe regional do CNE, sobre o impacto positivo e transformador do CNE na formação de jovens açorianos, citado pelo portal online diocesano ‘Igreja Açores’.
Segundo João Carlos Tavares, o movimento escutista ensina “o espírito de serviço, a cidadania, a democracia e a responsabilidade comunitária”.
“Num tempo em que os jovens estão cada vez mais isolados pelas tecnologias, o escutismo promove o contacto humano, o trabalho em equipa e o compromisso com a comunidade”, acrescentou.
O chefe regional dos Açores do Corpo Nacional de Escutas destaca, sobre o centenário do escutismo nos Açores, que são “100 anos de milhares de atividades e de milhares de sementes de esperança lançadas junto da juventude açoriana”.
As comemorações principais das boas de ouro da fundação do Corpo Nacional de Escutas nos Açores vão realizar-se de 22 a 25 de agosto, na Ilha Terceira, com diversas atividades pedagógicas e de convívio para mais de 500 escuteiros da Região Autónoma.
“O nosso objetivo é termos uma representação de todos os 73 agrupamentos da região, com pelo menos um elemento presente na Missa e no desfile comemorativo”, explicou o responsável.
Do programa destaca-se a participação dos escuteiros, por secções, em jogos em diferentes pontos de Angra do Heroísmo, como o Jardim Público e o Relvão, o tradicional ‘jogo de cidade’ vai promover o espírito de equipa e a descoberta, na tarde do dia 23 de agosto (sábado), e, à noite, um concerto de animação escutista na Praça Velha.
“Estamos a preparar um espetáculo com músicas escutistas que marcaram gerações, um verdadeiro fogo de concelho em palco”, adianta o chefe regional.
No dia seguinte, 24 de agosto (domingo), o Jubileu do Centenário conta com um desfile do Seminário Episcopal de Angra, passa pela Rua do Rego, até à Sé, onde vão celebrar a Missa solene de ação de graças.
O primeiro agrupamento escutista católico nos Açores foi fundado a 25 de agosto de 1925, na Ilha Terceira: o agrupamento 23 da Praia da Vitória; 100 anos depois, vão descerrar uma placa comemorativa na sede da Junta Regional, na Praia da Vitória, e realizar uma sessão solene, no próximo dia 25 de agosto.
Deste 100 anos de atividades, João Carlos Tavares lembrou grande crescimento, como a década de 1980, e desafios atuais como diminuição do número de jovens e a falta de dirigentes em alguns agrupamentos.
“Temos agrupamentos abertos, mas com cada vez menos dirigentes. Temos que trabalhar na estratégia de recrutamento de adultos e na sua formação, que é urgente”, desenvolveu o chefe regional dos Açores do Corpo Nacional de Escutas.
Este responsável do movimento juvenil referiu-se também ao compromisso do CNE com a segurança e proteção das crianças e jovens, e explicou que o Escutismo Católico “foi a primeira instituição da Igreja Católica em Portugal a implementar um plano estruturado de proteção de crianças e jovens”, um movimento seguro, com “formação obrigatória para todos os dirigentes”, divulga o sítio online ‘Igreja Açores’.
Na Diocese de Angra (Açores) existem 73 agrupamentos do CNE, cerca de 500 dirigentes, e mais de quatro mil escuteiros, os agrupamentos mais antigo e mais recente estão na ilha Terceira, respetivamente, o Agrupamento 23 – Praia da Vitória, e o Agrupamento 1289 – Porto Martins.
O Corpo Nacional de Escutas, com mais de 100 anos, nasceu em Braga, a 27 de maio de 1923, pela iniciativa do arcebispo local, D. Manuel Vieira de Matos, e do monsenhor Avelino Gonçalves.
CB