
Igreja/Abusos: Grupos de católicos promovem vigílias de oração na Quarta-feira de Cinzas
Lisboa, 22 fev 2023 (Ecclesia) – Vários grupos de leigos católicos promovem hhoje vigílias de oração, em solidariedade com as vítimas de abusos sexuais na Igreja.
“A divulgação do relatório da Comissão Independente sobre os abusos sexuais contra menores na Igreja não pode deixar nenhum católico indiferente”, refere uma nota enviada à Agência ECCLESIA pelos promotores da iniciativa.
Os promotores convidam os católicos portugueses a unir-se, em vigília de oração silenciosa, diante da principal igreja da sua localidade, das 21h00 às 22h00, sugerindo que todos os participantes “tragam uma vela acesa”.
Os organizadores sublinham que, nestes encontros, “não haverá discursos”.
“À vergonha que coletivamente sentimos, junta-se a necessidade de, enquanto membros da Igreja, manifestar às vítimas e seus familiares o nosso pedido de perdão, pela passividade e omissão de vigilância, cuidado, atenção e acolhimento em que incorremos”, indica a nota.
O grupo inicial de promotores é constituído por Ana Rita Bessa, José Miguel Cardoso da Costa, André Folque, Mafalda Folque, Diogo Alarcão, Margarida Neto, Diogo Caldeira Pinto, Margarida Olazabal Cabral, Francisco Costa Macedo, Miguel Toscano Rico, João Pedro Tavares, Paulo Câmara, João Pereira Bastos, Sofia Galvão, Joaquim Pedro Cardoso da Costa e Teresa Olazabal Cabral.
Outros grupos se uniram à iniciativa, em Portugal Continental, Madeira e Açores.
“Pretendemos assinalar a nossa comum responsabilidade, enquanto leigos, pelos caminhos da Igreja”, indicam.
No final de 2016, Francisco escreveu às Conferências Episcopais em todo o mundo, pedindo-lhes que escolhessem uma data para celebrar uma jornada nacional oração pelas vítimas e sobreviventes de abusos.
A Comissão Pontifícia para a Proteção dos Menores, instituída por Francisoc em março de 2014, propunha, entre as suas recomendações, a criação de uma jornada de oração pelas vítimas de abusos sexuais, para primeira sexta-feira da Quaresma.
O organismo da Santa Sé sublinha que a oração faz parte do processo de cura para “sobreviventes de abuso, as suas famílias e comunidades de fiéis”.
OC