Forças Armadas e de Segurança: 150 militares portugueses em peregrinação ao santuário de Lourdes
«Valores como a paz, a esperança e a união além-fronteiras» estão no centro desta iniciativa que congrega militares de diferentes países
Lisboa, 15 mai 2025 (Ecclesia) – Um grupo de 150 militares portugueses inicia, esta sexta-feira, a 65.ª Peregrinação Militar Internacional ao Santuário de Lourdes (França) com o tema «Militares, peregrinos da esperança».
“São três autocarros que saem do Estado Maior da Força Aérea com militares, a que se junta um autocarro da Academia Militar com os militares da Marinha, Exército, Guarda Nacional Republicana, Polícia de Segurança Publica e civis que também vão participar na peregrinação. Junta-se ainda um autocarro de Chaves”, indica um comunicado enviado à Agência ECCLESIA.
A cerimónia de abertura vai ter lugar na Basílica de São Pio X, na sexta-feira, às 21h00.
“No sábado, os peregrinos portugueses iniciam o dia com um desfile às 8h00, em direção à Capela de São Cosme e São Damião, onde participarão num momento de reconciliação, seguido de uma Missa presidida pelo Bispo do Ordinariato Castrense, D. Sérgio Dinis, e concelebrada por oito capelães militares”, indica o comunicado.
Os participantes integram a “Via-sacra” e à noite, pelas 21h, “está prevista a Procissão das Velas e a recitação do Rosário em várias línguas”; no domingo, dia 18, a Basílica de São Pio X acolhe “uma cerimónia internacional, com início às 9h30, encerrando esta jornada espiritual.
“Este ano, a Marinha Portuguesa assume a responsabilidade pela representação nacional, integrando-se num movimento que remonta a 1958, mas cujas origens se encontram num gesto de fraternidade pós-Segunda Guerra Mundial. O contra-almirante Carlos Osvaldo Rodrigues Campos, comandante da Esco0la naval, é a Alta Entidade que acompanha a Delegação Portuguesa”, indica ainda a nota.
O Ordinariato Castrense dá conta que a Peregrinação ao Santuário de Lourdes teve início em 1947, com o padre francês André Besombes, capelão militar durante a guerra, que convidou o padre alemão Ludwig Steger, também ex-capelão e ex-prisioneiro, para peregrinar.
“Onze anos depois, em 1958, o Padre Steger liderou a primeira edição oficial da PMI, marcada pelo espírito de reconciliação entre nações. Desde então, o evento tornou-se um ponto de encontro para militares de todo o mundo, reforçando valores como a paz, a esperança e a união além-fronteiras. Esta 65.ª edição mantém viva essa missão, recordando que, mesmo em contextos de divisão, Lourdes continua a ser um símbolo de harmonia e fé partilhada”, finaliza a nota.
LS
