Fátima: José Rui Teixeira profere conferência na Basílica de Nossa Senhora do Rosário
Fátima, 04 nov 2025 (Ecclesia) – A passagem bíblica “Sereis minhas testemunhas” (At 1,8) na qual Jesus pede aos discípulos para testemunharem o Evangelho “até aos confins do mundo”, inspira a palestra de José Rui Teixeira, dia 09 deste mês, pelas 15h30, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, à qual se seguirá um momento musical intitulado «Missa sobre o mundo».
O desafio de transformar peregrinos-chamados em peregrinos-enviados está contido na palestra do encontro na Basílica que tem como orador José Rui Teixeira.
O conferencista diz que “o desafio que nos é proposto passa por assumirmos, na condição de cristão, a condição de peregrino, por vocação e por missão”, lê-se numa nota enviada à Agência ECCLESIA.
“Num tempo que exige a reconfiguração do paradigma sociológico da Igreja, o compromisso do cristão não pode prescindir do testemunho e o testemunho não pode prescindir do sentido de caminho e do risco de percorrê-lo: de peregrinos-chamados a peregrinos-enviados”.
A parte musical inicia com uma obra do compositor Arvo Pärt (1935), que, tendo nascido e vivido na Estónia em contexto soviético, viu serem-lhe limitadas as obras e criações de inspiração religiosa.
A obra de Arvo Pärt integrada neste programa designa-se «Annum per annum» e é uma obra para órgão composta em 1980 para comemorar os 900 anos da catedral de Speyer (Alemanha).
Estrutura-se em cinco secções distintas, cada uma identificada com uma inicial (K, G, C, S, A), ou seja, a sequência da missa (Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus, Agnus Dei).
As outras duas obras são do compositor português Alfredo Teixeira (1965). A primeira é a Missa sobre o mundo, com as partes Oferenda, O fogo sobre o mundo, O fogo no mundo, Comunhão, Oração, a ser interpretada por André Ferreira (órgão) e Pedro Morgado (voz recitante).
A segunda é Canto V – Hino à Madrugada, com interpretação de André Ferreira (órgão) e João Andrade Nunes (saxofone soprano), que o compositor descreve como “um ensaio musical a partir de dois fragmentos poéticos”, um de Guerra Junqueiro (de Oração à Luz), outro de Sophia de Mello Breyner Andresen (de O Nome das Coisas), sobre o qual o próprio compositor, Alfredo Teixeira, diz que “a arquitetura musical procura, na escavação poética, uma celebração da luz e da liberdade”.
LFS

