
Cultura: Padre Joaquim Félix publica «Pentateuco das Passagens» em poesia de raiz tradicional japonesa
Obra vai ser apresentada nos dias 25 e 26 de abril pelo padre Adelino Ascenso, que foi missionário no Japão
Braga, 04 abr 2024 (Ecclesia) – O padre Joaquim Félix publicou a obra “Pentateuco das Passagens”, um “livro de livros” escrito em poesia de raiz tradicional japonesa, haiku, e que recolhe momentos vividos “por viagens e caminhadas” no “arco de uma década”.
“O ‘Pentateuco das Passagens’ cumpre-se, no arco de uma década, por viagens e caminhadas. Ao longe e ao perto, em grupo de amigos e em solitude, as passagens fazem-se por dentro e por fora”, escreve o autor na apresentação da obra.
Sacerdote da Arquidiocese de Braga e professor na Faculdade de Teologia, Joaquim Félix afirma que é da “deslocação que os haikus nascem”, numa “forma textual mínima”, sem “rendas literárias nem extravagâncias estilísticas” e fixando o que chega “por um olhar.
Os primeiros três livros do “Pentateuco das Passagens”, Livro da Escandinávia, Livro do sul da Gália e Livro da Helvécia, “correspondem a viagens exploratórias, feitas em grupo de amigos, cuja cartografia é recortada em função de certos objetivos, em particular no âmbito da arquitetura, religiosa e civil, e do mundo das artes”.
O autor indica que os haikus refletem passagens feitas “por catedrais e igrejas, umas antigas como as de madeira, nos fiordes da Noruega, e as românicas e góticas na ilha da Gotlândia e no sul de França” e outras contemporâneas, assim como museus, galerias e exposições de arte, parques naturais, urbanos e arqueológicos, ruas, jardins e campos.
No quarto livro, o Livro da Estiagem, “os eventos e lugares triviais reverberam nos haikus com as suas ressonâncias: caminhar nas ruas, viagens, visitas, deambulações, acompanhamentos”.
O “Livro das Teorbas” foi escrito em três anos e é um livro “único” no “Pentateuco das Passagens”, pela métrica e porque “o quotidiano do qual nascem os haikus é literário”.
“Deixo um conselho para a leitura deste Pentateuco: por escasso que pareça cada haiku, demora, demora, e volta a demorar, em cada verso. Agora é o espaço da tua participação. Torna-te leve na leveza, na maravilha de simplesmente estares presente no quotidiano”, sugere o autor.
Publicado pela editora Officium Lectionis, o “Pentateuco das Passagens – haikus de instantes & detalhes” vai ser apresentado pelo padre Adelino Ascenso, investigador da cultura e da literatura japonesas e missionário no Japão durante décadas, no dia 25 de abril, às 21h30, na Capela Árvore da Vida, no Seminário Conciliar de Braga, e no dia seguinte, às 21h00, no Salão da Casa do Povo de Fragoso, em Barcelos.
Joaquim Félix de Carvalho, Pentateuco das Passagens
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