Coimbra: Colóquio internacional comemora 400 anos da canonização da Rainha Santa Isabel
Coimbra, 06 mai 2025 (Ecclesia) – O Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Universidade de Coimbra, e o Centro Académico de Democracia Cristã, promovem um colóquio internacional nos 400 anos da canonização da rainha Santa Isabel de Portugal, dias 20 e 21 de maio.
“Pretende-se revisitar a primeira mulher canonizada em Portugal e explorar o tema mais abrangente da mulher na esfera da Santidade. Com efeito, a Rainha Santa, por antonomásia quase universal, foi uma fonte viva de consolo para os aflitos; aos que viviam cercados pela penumbra da pobreza, ela trouxe o alento da generosidade; aos excluídos ou marginalizados, devolveu-lhes o sentido de pertença e a visão de um futuro digno”, explica a organização do colóquio internacional, em nota enviada à Agência ECCLESIA.
No dia 25 de maio, celebram-se quatro séculos sobre a canonização de Isabel de Portugal, a ‘Rainha Santa’ – 1625/2025 -, e para assinalar esta efeméride, que distinguiu “uma mulher notável a vários títulos, uma incansável semeadora de amor, de fé e de esperança”, o Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos e o Centro Académico de Democracia Cristã promovem o colóquio internacional ‘Isabel de Portugal – a mulher na esfera da Santidade. Nos 400 anos da sua canonização’, nos dias 20 e 21 de maio, no Instituto Universitário Justiça e Paz, em Coimbra.
“Hoje, mais do que uma figura do passado, ela resplandece como modelo perene de virtude, recordando-nos que, em qualquer época, os valores emanados do amor, da fé e da esperança continuam a ser pilares de uma humanidade verdadeiramente redimida”, assinala.
A rainha Santa Isabel (1271-1336) – cuja figura está associada a lenda da transformação do pão em rosas – foi mulher de D. Dinis, rei de Portugal; viu Coimbra pela primeira vez em 1282, o seu túmulo encontra-se no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova.
É recordada, na Igreja Católica, pela sua dedicação à oração e às obras de misericórdia, depois da morte de seu marido, distribuiu os seus bens pelos pobres e tomou o hábito da Ordem Terceira de S. Francisco: A Rainha Santa, como ficou conhecida, foi beatificada a 15 de abril de 1516, 180 anos depois da morte, foi o Papa Leão X que a elevou aos altares, e canonizada em 1625, no pontificado de Urbano VIII.
A organização do colóquio internacional ‘Isabel de Portugal – a mulher na esfera da Santidade. Nos 400 anos da sua canonização’ destaca a presença do bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes, na sessão de abertura, e do cardeal D. Manuel Clemente, o patriarca emérito de Lisboa vai apresentar a conferência de encerramento, com o tema ‘Santa Isabel ou a santidade no feminino’.
No âmbito do colóquio, vai ser apresentado o ‘Livro que fala da Boa Vida que fez a Rainha de Portugal, Dona Isabel, & de seus bons feitos & milagres em sa vida & depois da morte’, às 17h00, do dia 20 de maio, no Museu Nacional de Machado de Castro.
O Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos – CECH vai promover também junto da Casa de Formação Cristã Rainha Santa, “obra inspirada na obra desta grande Rainha”, uma oficina de iniciação à aguarela, intitulada ‘Represent’arte’, com os trabalhos a ser expostos durante o colóquio comemorativo, que tem o apoio científico da Sociedade Portuguesa de Estudos Medievais e a Associação Portuguesa de Estudos Neolatinos.
O colóquio internacional ‘Isabel de Portugal – A mulher na esfera da santidade’ é de participação gratuita, mas “as vagas são limitadas a 60 inscrições”, por ordem de preenchimento do formulário.
CB
