Aveiro: «Fracassos da Corte», peça de teatro de 1682 leva a palco vida de Santa Joana
Aveiro, 29 fev 2024 (Ecclesia) – A Diocese de Aveiro informa que a vida de Santa Joana vai ser representada na peça ‘Fracassos da Corte’, de 1682, pela companhia Start-Teatro, dia 15 de março, no Cinte-Teatro de Estarreja, pelo Jubileu dos 600 anos da catedral.
“Este espetáculo conta a história da Princesa Joana de Portugal, herdeira do trono, que desafiou as expectativas da Corte e do povo ao escolher a vida religiosa em vez do casamento com o Delfim de França; Numa tentativa de a cortejar, o Delfim da França, veste-se de mulher e disfarçado de Camila procura impedir Joana de seguir a vida de religiosa e aceder a casar-se. Mas a sua fé inabalável impede-a de ceder”, lê-se na sinopse da peça.
Entre princesas e reis, bobos e pretendentes, cortesãs e confidentes, ‘Fracassos da Corte’, acrescenta o comunicado, é uma “história inspiradora sobre fé, coragem e a busca pela felicidade”, com a renúncia de Joana à regência do reino, entrando no mosteiro em Aveiro, assiste-se a uma “corte que fracassa, uma vez que não consegue cativar a Princesa, nem sobrepor-se aos desígnios divinos”.
Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, pelo Gabinete de Imagem e Comunicação diocesano, a Diocese de Aveiro informa que a ‘Fracassos da Corte’, peça de teatro de 1682 sobre a vida de Santa Joana, vai ter só uma sessão, e é levada a palco pela companhia Start-Teatro, no dia 15 de março, pelas 21h00, no Cinte-Teatro de Estarreja.
A peça ‘Fracassos da Corte’ é da autoria do frade dominicano Giovanni Maria Muti que escreveu principalmente sobre temas religiosos, sendo esta “considerada a sua obra mais importante”, escrita em italiano, em 1682, “ganhou tradução para o português apenas em 2017”; o frade e dramaturgo italiano nasceu em Milão, em 1649, e faleceu em Roma, em 1727.
Joana de Portugal, também chamada Santa Joana Princesa, embora oficialmente apenas seja reconhecida pela Igreja Católica como beata, nasceu a 06 de fevereiro de 1452, em Lisboa, e faleceu a 12 de maio de 1490, em Aveiro.
Princesa da Casa de Avis, Joana, filha do rei D. Afonso V e da rainha D. Isabel, deixou Lisboa e a Corte aos 23 anos para se dedicar a uma vida religiosa de clausura no Mosteiro de Jesus das dominicanas, em Aveiro.
A princesa Joana foi beatificada em 1693 pelo Papa Inocêncio XII, tendo festa a 12 de maio e o Papa Paulo VI, a 5 de janeiro de 1965, declarou-a especial protetora da cidade de Aveiro.
A Diocese de Aveiro está a celebrar o Jubileu dos 600 anos da sua Catedral (1423-2023); o programa jubilar conta com três conferências, duas encenações teatrais, cinco concertos musicais, uma exposição em quatro espaços na cidade [11 de dezembro 2023 – 11 de maio de 2024], que vai permitir “revisitar a Igreja no seu passado, viver o seu presente e incentivarmos na construção do seu futuro”.
O Papa Pio XI restaurou a Diocese de Aveiro, com a bula Omnium Ecclesiarum, de 24 de agosto de 1938, e, no dia 11 de dezembro do mesmo ano, D. João Evangelista de Lima Vidal “executou essa bula papal”, a igreja do Convento dominicano de Nossa Senhora da Misericórdia de Aveiro, que já era igreja matriz da Paróquia de Nossa Senhora da Glória, passou também a ser a Catedral da diocese.
A Diocese de Aveiro celebrou os 600 anos do lançamento da primeira pedra da igreja que hoje é a sua catedral – a igreja do Mosteiro de Nossa Senhora da Misericórdia, ou de São Domingos – no dia 13 de maio de 2023.
CB
